agosto 18, 2025 | by Ronaldo dos Reis

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento imediato de Valdênio Nogueira Caminha do cargo de procurador-geral do Maranhão. A decisão, tomada em 15 de agosto de 2025, proíbe Caminha de assumir qualquer função pública nos três Poderes estaduais e suspende o pagamento de salários e benefícios.
A medida foi motivada por alegações de descumprimento de decisões judiciais anteriores, especialmente relacionadas ao combate ao nepotismo cruzado entre o governo do Maranhão e a Assembleia Legislativa. Segundo Moraes, Caminha retardou exonerações e autorizou a manutenção de pagamentos a servidores comissionados já afastados.
A decisão ocorre em meio a uma disputa política entre o ministro Flávio Dino e o atual governador do Maranhão, Carlos Brandão. Dino, que integra a 1ª turma do STF, mantém uma relação próxima com Alexandre de Moraes, apoiando integralmente suas decisões.
Valdênio Caminha, aliado de Brandão, havia acionado a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar dois assessores de Dino. A denúncia apontava que os assessores Túlio Simões e Lucas Pereira teriam acessado ilegalmente o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Procuradoria-Geral do Estado para obter documentos que embasaram uma ação do partido Solidariedade no STF.
A ação do Solidariedade, partido do deputado estadual Othelino Neto — marido da senadora Ana Paula Lobato, suplente de Dino — pedia o afastamento cautelar de Valdênio Caminha. O pedido foi baseado em documentos supostamente obtidos de forma irregular pelos assessores de Dino, dentro do próprio STF.
Esses documentos estavam relacionados a uma investigação sobre a participação de Othelino Neto em um esquema de comércio ilegal de madeira entre 2006 e 2008. A Procuradoria-Geral do Estado alegou que os assessores acessaram os dados dias antes da ação ser protocolada no Supremo.
Na decisão, Moraes afirmou que Caminha agiu em “clara afronta” às determinações do STF, tomando medidas que atrasaram ou tornaram inócuas as ordens judiciais. O ministro destacou que o procurador não tinha autoridade para interpretar extensivamente as decisões da Corte e que sua conduta configurou desvio de finalidade, violando os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade.
A exoneração de Valdênio deve ser comprovada pelo governo estadual em até 24 horas. O Governo do Maranhão declarou que cumprirá a decisão e que “segue condutas pautadas na lei”. A defesa de Caminha ainda não se manifestou publicamente.
A denúncia contra os assessores de Dino gerou grande repercussão nacional e levanta questões sobre o uso de informações internas em disputas políticas e judiciais. O caso também reacende o debate sobre os limites da atuação de procuradores em contextos de alta tensão institucional.
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📚 Fonte: G1 e Jornal Cidade Online.
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