Polícia Civil fará reconstituição do crime de adolescente em Cajamar

Suspeito confessou assassinato de Vitória, 17 anos; IML auxiliará na investigação
A Polícia Civil de Cajamar, na Grande São Paulo, determinou a reconstituição do assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos. O caso, que chocou a região, ganha novos desdobramentos com a decisão, que visa esclarecer as circunstâncias exatas do crime. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o Instituto Médico-Legal (IML) será acionado para auxiliar no procedimento.
O principal suspeito, Maicol Antônio Sales dos Santos, 23 anos, segue preso temporariamente após confessar o homicídio. Apesar da admissão, as autoridades consideram a reconstituição essencial para confirmar a narrativa e verificar possíveis inconsistências.
O crime e a prisão do suspeito
Vitória foi morta no início deste mês, e o caso ganhou repercussão após familiares e amigos realizarem protestos exigindo justiça. Maicol, que tinha proximidade com a vítima, foi detido dias depois. Em depoimento, ele admitiu a autoria do crime, mas as motivações ainda não foram totalmente esclarecidas.
De acordo com a SSP, o inquérito policial está em fase final, mas a reconstituição foi solicitada para garantir que todas as hipóteses sejam exploradas. “A Polícia Civil solicitou ao IML a reconstituição do crime para esclarecer todas as circunstâncias em que ele ocorreu”, afirmou a pasta em nota.
Como funcionará a reconstituição?
A reconstituição é um procedimento comum em investigações complexas, onde os investigadores recriam a cena do crime com a participação do acusado (se autorizado judicialmente) e testemunhas. O objetivo é verificar se a versão apresentada pelo suspeito condiz com as evidências coletadas.
Neste caso, o IML fornecerá dados técnicos, como a posição do corpo, possíveis marcas de violência e a dinâmica do crime. Especialistas em criminalística também devem participar.
Família cobra respostas
Parentes de Vitória acompanham o caso de perto e esperam que a reconstituição ajude a trazer mais informações sobre o que realmente aconteceu. “Queremos justiça. Ela era uma jovem cheia de sonhos, e precisamos saber a verdade”, disse uma tia da vítima em entrevista coletiva.
A comunidade local também se mobilizou, com vigílias e pedidos por maior rigor nas investigações. A morte da adolescente reacendeu debates sobre violência contra jovens na região.
Próximos passos
Com a conclusão do inquérito, o caso será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá pela denúncia ou arquivamento. Se confirmadas as provas contra Maicol, ele será julgado por homicídio qualificado (quando há motivos torpes ou recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
A Defensoria Pública ainda não se manifestou sobre o caso, mas fontes indicam que o suspeito terá direito a ampla defesa.
Enquanto isso, a Polícia Civil reforça que “todas as medidas estão sendo tomadas para assegurar a elucidação dos fatos”.
Dados sobre violência na região
Cajamar, assim como outros municípios da Grande São Paulo, registra casos frequentes de violência contra mulheres e jovens. Dados do SSP mostram que, apenas em 2024, houve aumento de 12% em crimes contra a vida na região.
Especialistas apontam que a falta de políticas públicas eficientes e a demora na apuração de casos contribuem para a sensação de impunidade. “Casos como o de Vitória exigem respostas rápidas e transparentes”, afirma a socióloga Marina Silva, pesquisadora em segurança pública.
Como ficam as investigações agora?
A reconstituição deve ocorrer nos próximos dias, e o resultado influenciará diretamente no relatório final da polícia. Se novas informações surgirem, o inquérito poderá ser ampliado.
Enquanto a justiça não é feita, a memória de Vitória segue viva entre os que a conheceram. “Ela era alegre, estudiosa e não merecia isso”, desabafou uma amiga.
Da Redação.
Jornalista
Descubra mais sobre GRNOTICIAS
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.