Acorda Brasil! Esquerda Ligada a Escândalo Bilionário da Fraude no INSS

Parlamentares de esquerda facilitaram descontos que levaram a desvios de R$ 6,3 bilhões
Uma investigação conjunta da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) revelou um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que pode ter prejudicado até 4,1 milhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. O escândalo, que envolveu descontos indevidos em benefícios, gerou um prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões. Reportagem publicada em 13 de maio de 2025 pelo jornal O Globo, assinada pelos jornalistas Malu Gaspar e Rafael Moraes Moura, aponta que parlamentares de partidos de esquerda, liderados pelo PT, tiveram um papel decisivo na manutenção de regras que abriram brechas para essas fraudes.
Contexto da Fraude: Como Tudo Começou
O esquema consistia em associações e sindicatos que, por meio de convênios com o INSS, descontavam mensalidades de aposentados sem autorização. A prática, que começou de forma legítima em 1991, com a Lei do INSS sancionada pelo então presidente Fernando Collor, escalou para proporções criminosas nos últimos anos. A CGU identificou que entidades filiavam beneficiários que moravam a centenas de quilômetros de distância, algo improvável dado o perfil dos aposentados, evidenciando a natureza fraudulenta das operações.
A Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril de 2025, resultou na prisão de seis pessoas, no afastamento de servidores públicos, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e no sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão. A investigação revelou que a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades investigadas, arrecadou R$ 426 milhões apenas em 2023 por meio desses descontos.
O Papel da Esquerda na Manutenção dos Descontos
A Medida Provisória (MP) 871/2019, proposta pelo governo Bolsonaro, buscava endurecer o controle sobre concessões e descontos no INSS, exigindo, por exemplo, a revalidação anual das autorizações para descontos por parte dos beneficiários. Contudo, parlamentares de esquerda, então na oposição, pressionaram para derrubar ou suavizar essas regras. Segundo registros da Câmara e do Senado, 17 das 18 emendas apresentadas para eliminar ou adiar essas restrições vieram de partidos de esquerda, com destaque para o PT, que propôs 11 delas.
Na época, deputados como Carlos Veras (PT-SP), ligado à Contag, e Zeca Dirceu (PT-PR), além do senador Jaques Wagner (PT-BA), argumentaram que as medidas antifraude da MP 871/2019 eram tentativas de restringir direitos dos trabalhadores. Em discurso, Veras celebrou o resultado das emendas como uma vitória para “salvar os trabalhadores”, enquanto Wagner defendeu que anular a participação dos sindicatos seria “nocivo”. Zeca Dirceu foi ainda mais enfático, afirmando que a MP não visava combater fraudes, mas prejudicar o Brasil.
Impacto das Emendas e a Escalada das Fraudes
O acordo costurado no Congresso, aceito pelo Palácio do Planalto para evitar a derrubada total da MP, permitiu que as emendas da oposição fossem incorporadas. Como resultado, a exigência de revalidação anual dos descontos foi eliminada, e o cadastro das entidades associativas continuou sem fiscalização rigorosa. Essa brecha, segundo a CGU, foi essencial para a continuidade e ampliação do esquema fraudulento, que se intensificou a partir de 2023, já no governo Lula.
Guerra de Narrativas nas Redes Sociais
O escândalo gerou uma guerra de narrativas entre governo e oposição. Bolsonaristas, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), acusam o PT de orquestrar o esquema, apontando a presença do irmão de Lula, José Ferreira da Silva (Frei Chico), como vice-presidente do Sindnapi, uma das entidades investigadas. Já o governo Lula e seus aliados, como a ministra Gleisi Hoffmann e o chefe da CGU, Vinicius Carvalho, afirmam que as fraudes começaram no governo anterior e que a atual gestão foi responsável por identificá-las e interrompê-las.
Desafios para Ressarcir as Vítimas
Especialistas, como o advogado Diego Cherulli, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, apontam que o ressarcimento dos valores desviados será um desafio. Muitos dos recursos já foram convertidos em bens de luxo, como carros e joias, e algumas entidades investigadas já não existem mais. O INSS, por sua vez, orientava aposentados a buscar as próprias entidades para reaver o dinheiro, uma prática que raramente resultava em devoluções.
Conclusão
O escândalo do INSS expõe falhas sistêmicas na fiscalização e a politização de medidas destinadas a proteger aposentados. A atuação da esquerda, ao pressionar pela flexibilização de controles, contribuiu para a perpetuação de um esquema que lesou milhões de brasileiros. Enquanto as investigações avançam, a devolução dos valores e a punição dos responsáveis permanecem como desafios para o governo e a sociedade.
Fonte: O Globo.
Da Redação.
Jornalista
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