Acorda Brasil! EUA Interferiram nas Eleições Brasileiras, Afirma Mike Benz

Revelações apontam influência da CIA e USAID no TSE. Acorda Brasil!
Nos últimos meses, alegações de interferência estrangeira nas eleições brasileiras de 2022 ganharam destaque, especialmente após declarações do ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, Mike Benz. Em entrevistas e postagens em redes sociais, Benz expôs o que descreve como uma operação orquestrada pela CIA e pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) para influenciar o processo eleitoral no Brasil, com o objetivo de minar a candidatura de Jair Bolsonaro e favorecer a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Essas revelações, que carecem de comprovação documental robusta, levantam questões sobre a soberania nacional e a transparência do processo democrático brasileiro.
A Suposta Interferência da USAID e da CIA
Segundo Benz, a USAID teria financiado iniciativas de combate à desinformação no Brasil, direcionando recursos para organizações não governamentais (ONGs) e veículos de mídia alinhados a uma agenda específica. Ele alega que essas ações visavam censurar discursos conservadores e populistas, impactando diretamente a campanha de Bolsonaro. Benz afirmou em um podcast que, sem essa interferência, “Bolsonaro ainda seria presidente” e a internet brasileira permaneceria “livre e aberta”. No entanto, investigações do Estadão Verifica e do projeto Comprova apontam que Benz não apresentou provas concretas de suas acusações, e o TSE nega qualquer envolvimento de funcionários estrangeiros em suas operações.
Além disso, a USAID foi citada em eventos promovidos pelo TSE, como o encontro “Eleições e a Transformação Digital” em 2021, que contou com a participação do então presidente do tribunal, Luís Roberto Barroso. Apesar de o TSE ter divulgado a colaboração com o Consórcio para Eleições e Fortalecimento do Processo Político (CEPPS), supervisionado pela USAID, não há evidências de que isso tenha configurado interferência direta no pleito de 2022. A Embaixada dos EUA no Brasil também negou que funcionários da USAID tenham trabalhado no TSE.
Encontros de Barroso e o Papel do TSE
As declarações de Benz coincidem com críticas ao ex-presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que, segundo postagens em redes sociais, teria solicitado apoio do governo Biden para “preservar a democracia brasileira”. Embora Barroso tenha participado de encontros internacionais, incluindo eventos com autoridades americanas, não há confirmação de que ele tenha pedido intervenção direta. Recentemente, especulações sobre sua aposentadoria e possível indicação para uma embaixada alimentaram teorias de conspiração, mas carecem de fontes confiáveis.
Lula, China e Rússia: Uma Reação ao Isolamento?
Outro ponto levantado nas discussões é a aproximação do governo Lula com a China e a Rússia, interpretada por alguns como uma resposta às pressões externas. Durante visitas a Pequim, Lula criticou a hegemonia do dólar e defendeu acordos comerciais com o governo chinês, incluindo investimentos estimados em R$ 50 bilhões. Ele também visitou a Huawei, empresa alvo de sanções americanas, sinalizando uma postura desafiadora aos EUA. Além disso, Lula e o presidente chinês Xi Jinping negociaram uma declaração conjunta em apoio à paz na Ucrânia, reforçando a posição brasileira de neutralidade no conflito.
Críticos, como o autor do texto original, Pedro Possas, argumentam que esses acordos representam uma “entrega da soberania nacional” a potências como a China, que imporiam cláusulas contratuais desfavoráveis. Contudo, especialistas em relações internacionais, como Dawisson Belém Lopes, da UFMG, afirmam que a política externa de Lula reflete um pragmatismo histórico do Brasil, buscando autonomia e equilíbrio entre potências globais, sem alinhamento automático com Pequim ou Moscou.
Reações e o Papel do Centrão
As acusações de Benz também ressoaram no cenário político interno. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) coletou assinaturas para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a suposta interferência da USAID nas eleições de 2022. Ele defende que a apuração é essencial para “restaurar a soberania brasileira”. Enquanto isso, o chamado “Centrão” e setores do establishment político brasileiro monitoram os desdobramentos, cientes do poderio econômico e militar dos EUA, que ainda impõem sanções a países como Cuba e Venezuela.
Impactos e Implicações
Embora as alegações de Benz tenham gerado debate, a falta de evidências concretas limita sua credibilidade. O TSE e a Embaixada dos EUA refutam as acusações, e verificações independentes apontam que muitas das afirmações foram tiradas de contexto. Ainda assim, o caso expõe tensões sobre a influência estrangeira na política brasileira e o delicado equilíbrio do país entre potências globais. A narrativa de interferência alimenta a polarização e levanta questionamentos sobre a confiança nas instituições democráticas.
Veja o Vídeo:
Fonte da matéria: Estadão, UOL, Folha de S. Paulo, CNN Brasil e X.
Da Redação.
Jornalista
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