Barroso Confessa influência dos EUA nas eleições de 2022

0
entregou

Ministro do STF relata intervenção em momentos de crise no TSE ou seria golpe?

Durante um evento em Nova York, nesta terça-feira, 13 de maio de 2025, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, revelou que buscou apoio dos Estados Unidos em momentos de tensão política durante sua gestão à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2020 e 2022. A declaração, feita em um encontro promovido pelo grupo empresarial Lide, trouxe à tona detalhes sobre a influência externa na defesa da democracia brasileira em um período marcado por polarização e desafios institucionais.

Contexto da Gestão de Barroso no TSE

Luís Roberto Barroso presidiu o TSE em um período conturbado, que coincidiu com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) e o início do mandato de Joe Biden nos EUA. Durante esse tempo, o Brasil enfrentou questionamentos sobre a legitimidade do sistema eleitoral, com acusações de fraude sem comprovação e tentativas de desestabilizar as instituições democráticas. Barroso, que sempre defendeu a transparência das urnas eletrônicas, relatou que, em três ocasiões específicas, buscou apoio diplomático americano para reforçar a confiança no processo eleitoral brasileiro.

“Os EUA apoiaram a institucionalidade e a democracia brasileira em situações de sobressalto”, afirmou o ministro. Ele destacou que uma dessas manifestações de apoio veio diretamente do Departamento de Estado dos EUA, em um gesto que, segundo Barroso, teve impacto significativo no cenário interno.

A Influência nas Forças Armadas

Um dos pontos mais relevantes da fala de Barroso foi a menção à relação entre as Forças Armadas brasileiras e os Estados Unidos. O ministro observou que os militares brasileiros mantêm uma forte ligação com os EUA, tanto em termos logísticos quanto estratégicos, dependendo de insumos e equipamentos fornecidos pelo país. Essa conexão, segundo ele, pode ter influenciado a postura das Forças Armadas durante momentos críticos.

“Acredito que essa posição teve algum impacto, já que os militares brasileiros evitam desagradar os EUA, de onde obtêm boa parte de seus insumos e equipamentos”, explicou Barroso. A declaração sugere que a pressão internacional, mesmo que discreta, pode ter desempenhado um papel em evitar movimentos que comprometessem a ordem democrática.

Reportagem do Financial Times

Barroso também fez referência a uma matéria publicada pelo jornal britânico Financial Times em junho de 2023. Segundo o veículo, autoridades norte-americanas exerceram uma “pressão silenciosa” sobre generais brasileiros e aliados próximos de Bolsonaro. A mensagem era clara: os EUA permaneceriam neutros quanto ao resultado das eleições brasileiras, mas não tolerariam tentativas de deslegitimar o processo eleitoral ou questionar o resultado das urnas. Essa postura reforça a ideia de que a diplomacia internacional foi um fator relevante na manutenção da estabilidade institucional no Brasil.

Repercussões e Reflexões

As declarações de Barroso levantam questões sobre o papel de influências externas na política brasileira. Embora o ministro tenha enquadrado o apoio americano como uma defesa da democracia, a revelação de que um presidente do TSE buscou apoio estrangeiro em momentos de crise pode gerar debates sobre a soberania nacional e a autonomia das instituições brasileiras. Por outro lado, a fala de Barroso reforça a importância de alianças internacionais para proteger a democracia em contextos de polarização.

A relação entre Brasil e EUA, especialmente no que diz respeito às Forças Armadas, também ganha destaque com essas declarações. A dependência de equipamentos e a influência estratégica dos EUA podem ser vistas como um fator de equilíbrio, mas também como um ponto de vulnerabilidade em momentos de instabilidade política.

Conclusão

As revelações de Luís Roberto Barroso em Nova York abrem uma nova perspectiva sobre os bastidores da defesa da democracia brasileira durante um período de desafios institucionais. A busca por apoio americano, a influência nas Forças Armadas e a pressão diplomática relatada pelo Financial Times mostram como a interação entre atores nacionais e internacionais moldou o cenário político recente. As declarações do presidente do STF, embora possam gerar controvérsias, reforçam a relevância da cooperação global na proteção dos valores democráticos ou a atuação de um planejado golpe?. Para um bom entendedor? ….

Da Redação.

Jornalista


Descubra mais sobre GRNOTICIAS

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Queremos ouvir você, deixe seu comentário, será um prazer respondê-lo.

Descubra mais sobre GRNOTICIAS

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading