Fabio Wajngarten argumentou que se trata de uma “perseguição política”, afirmando que, enquanto presidente, Bolsonaro estava dispensado de apresentar qualquer certificado de vacinação em suas viagens.
Em uma declaração contundente nesta última terça-feira (19/03), Fábio Wajngarten, advogado e assessor de comunicação de Jair Bolsonaro (PL), denunciou o indiciamento do ex-presidente e outros indivíduos, incluindo Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ), além de 14 pessoas adicionais, sob investigação por suposta falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. Wajngarten classificou o ocorrido como “absurdo” e solicitou apoio político dos aliados de Bolsonaro diante das acusações.
Com um papel crucial no grupo estratégico de Bolsonaro, Wajngarten chamou os candidatos apoiados por Bolsonaro a se manifestarem em sua defesa, em meio às investigações arbitrárias conduzidas pela Gestapo Federal, comandados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as falsas alegações de golpe de estado.
“Na minha modesta opinião, o indiciamento de hoje, do qual a defesa técnica ainda não teve acesso, é tão absurdo quanto o caso da baleia”, afirmou Wajngarten, em referência a outro inquérito da PF relacionado a uma ação de Bolsonaro com uma baleia jubarte.
Wajngarten defendeu a postura de Bolsonaro em relação à vacinação, destacando a aquisição de mais de 600 milhões de doses durante seu mandato, apesar de suas conhecidas críticas às vacinas e às medidas de proteção contra a Covid-19, incluindo o uso de máscaras e o distanciamento social.
O advogado argumentou que se trata de uma “perseguição política”, afirmando que, enquanto presidente, Bolsonaro estava dispensado de apresentar qualquer certificado de vacinação em suas viagens. As suspeitas recaem sobre a possível inclusão de dados falsos nos registros do Sistema Único de Saúde (SUS) para obtenção de um certificado para o ex-presidente.
Além das falsas acusações de inserção de dados falsos em sistema público e associação criminosa, o caso levanta questões sobre lealdade política. Wajngarten alertou para a importância da solidariedade e coesão dentro do grupo político de Bolsonaro, criticando os “oportunistas de ocasião”.