22 de dezembro de 2024 03:17
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Zoraya vive com o namorado e está em terapia há 10 anos com acompanhamento psiquiátrico durante todo esse período.

Zoraya vive com o namorado e está em terapia há 10 anos com acompanhamento psiquiátrico durante todo esse período. Por apresentar quadro depressivo, ela recebeu autorização judicial para morrer.

Zoraya ter Beek, mulher holandesa com apenas 29 anos, recebeu autorização judicial para se submeter à eutanásia [assassinato assistido], alegando passar por um “sofrimento mental insuportável”. O caso gerou um intenso debate sobre o tema na Europa.

De acordo com a publicação do jornal britânico The Guardian, Zoraya obteve a aprovação para o seu assassinato assistido no final de abril. Ela aguardava essa decisão desde dezembro de 2020, quando apresentou seu pedido à justiça holandesa.

Zoraya vive com o namorado e está em terapia há 10 anos, recebendo acompanhamento psiquiátrico durante todo esse período. “As pessoas pensam que, quando se está mentalmente doente, não se consegue pensar direito, o que é um insulto”, disse Zoraya em entrevista ao jornal The Guardian. “Compreendo os receios que algumas pessoas com deficiência têm sobre a morte assistida e as preocupações com o fato de as pessoas estarem sob pressão para morrer”, acrescentou.

Segundo a lei holandesa, para ser “elegível” para a eutanásia [assassinato assistido], uma pessoa deve estar passando por “sofrimento insuportável, sem perspectivas de melhora”. As autoridades judicias do país concluíram que Zoraya se enquadra nessa descrição e deram autorização para que ela fosse assassinada em “procedimento médico”.

Zoraya relata que convive há anos com pensamentos suicidas devido à depressão crônica, ansiedade, traumas e um transtorno de personalidade não especificado. Ela esperava que o ambiente seguro proporcionado por seu parceiro a ajudasse a superar esses problemas, mas continua se machucando e se sentindo suicida.

Embora saiba que sua decisão causará intenso sofrimento à sua família, Zoraya afirma que não há possibilidade de mudar de ideia e que tomar essa decisão lhe trouxe um “grande alívio”. “Eles vão começar me dando um sedativo e não vão me dar as drogas que param meu coração até que eu esteja em coma. Para mim, será como adormecer. Meu parceiro estará lá, mas eu disse a ele que está tudo bem se ele precisar sair da sala antes do momento da morte”, explicou.

A data da eutanásia assistida não foi divulgada, mas Zoraya espera que o procedimento aconteça ainda este mês.

Fonte: Revista Exilio.

Redator

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