21 de dezembro de 2024 23:34
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O que já era ruim, ficou ainda pior: STF vem caindo ano após ano e agora só registra 14% de ótimo/bom em recente pesquisa do PoderData.

 

O que já era ruim, ficou ainda pior: STF vem caindo ano após ano e agora só registra 14% de ótimo/bom em recente pesquisa do PoderData. Os números foram divulgados na última semana de maio de 2024.

Segundo avaliação da pesquisa do PoderData, em dezembro de 2022, logo após as eleições, 31% dos entrevistados – o que já era baixo – consideravam o trabalho do Supremo Tribunal Federal como “ótimo” ou “bom” – a maior taxa desde que o PoderData começou a perguntar, em junho de 2021. Agora, esse número caiu para os míseros 14%, o mais baixo desde o início da série histórica. Os dados são de uma pesquisa realizada pelo PoderData entre 25 e 27 de maio de 2024.

Para piorar, a porcentagem dos que acham que o STF faz um trabalho “ruim” ou “péssimo” aumentou em 11 pontos percentuais, passando de 31% para 42% em apenas um ano, esse foi o segundo maior aumento da rejeição da Suprema Corte pelos brasileiros durante toda a série histórica das pesquisas. Esse índice é ainda maior quando comparado no final do governo Jair Bolsonaro no ano de 2022, que bateu rejeição de 40% naquela época.

Além disso, 33% da população avalia o STF como “regular” e outros 11% não souberam responder. Veja abaixo:

Segundo avaliação do PoderData, a avaliação do STF teve uma melhora de setembro de 2022 a junho de 2023, possivelmente devido à menor influência de Bolsonaro na percepção pública. Bolsonaro tinha uma relação conflituosa com a Corte, e sua retórica contribuía para o aumento das avaliações negativas, que atingiram seu recorde histórico em setembro de 2022, com rejeição total de 46% dos entrevistados.

Outra analise feita pelo PoderData, durante a reta final das eleições de 2022 e no início do governo Lula, especialmente após as manifestações de 8 de janeiro, o discurso de que o STF teria “salvado a democracia” parecia ter reduzido as críticas, mas isso não se manteve por muito tempo. As perseguições contra manifestantes inocentes voltaram a repercutir na queda de aprovação do STF.

Agora, sem Bolsonaro e com apoio de Lula, o STF tem discutido temas sensíveis como aborto, responsabilização de jornais, perseguições contra opositores do governo Lula, censura, violações dos direitos humanos, os eventos de 8 de janeiro e porte de drogas, e tem entrado em conflito com o Congresso Nacional, que aprovou no Senado uma PEC para reduzir os poderes dos ministros. A sequência de decisões monocráticas e o ativismo do STF, conforme os dados indicam, não têm agradado os brasileiros, e a Suprema Corte voltou a ser criticada fortemente nas ruas e nas redes sociais.

Para atingir as 2.500 entrevistas que representem proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData realiza dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem fielmente o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Avaliação dos três poderes x votos em 2022

O PoderData cruzou as respostas sobre a avaliação da Corte com a declaração de voto dos eleitores em 2022. Como mostra o infográfico abaixo, a percepção sobre o trabalho dos ministros do STF varia pouco entre os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 25 a 27 de maio de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 211 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

Fonte: Revista Exílio.

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