O senador Marcos do Val (Podemos-ES) utilizou sua conta na rede social X (antigo Twitter) para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em um post enfático, com letras garrafais e pontos de exclamação, o senador alegou que o “ministro Alexandre de Moraes manipulou as eleições”.
No mesmo post, Marcos do Val afirmou que possui documentos que comprovam de forma clara que o ministro Alexandre de Moraes interferiu nas eleições passadas, favorecendo Luiz Inácio Lula da Silva e prejudicando Jair Bolsonaro e outros influentes de direita. Lula venceu as eleições de 2022, quando competiu com o ex-presidente Bolsonaro.
Do Val declarou possuir 500 páginas de evidências que incriminam o ministro do STF e apontam violações de direitos humanos por parte dele. No entanto, esses documentos não foram apresentados na rede social. Até o momento da última atualização desta reportagem, o ministro Alexandre de Moraes não havia se pronunciado sobre o assunto.
BOMBA NO BRASIL!
*O ministro Alexandre de Moraes MANIPULOU as eleições!*Já está em nossas mãos aqui nos EUA os documentos que provam claramente que o *ministro Alexandre de Moraes MANIPULOU as eleições passada* para facilitar pro Lula e dificultar para o Bolsonaro e todos os… pic.twitter.com/Cy3UOM8G9a
— Marcos do Val (@marcosdoval) June 30, 2024
Além disso, em abril, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (EUA) divulgou um relatório que acusa o ministro Alexandre de Moraes de tomar decisões que prejudicam a liberdade de expressão, especialmente relacionadas à rede social X (antigo Twitter) no Brasil. O comitê, majoritariamente composto por parlamentares do Partido Republicano, critica a postura do governo Biden em relação a essas questões.
O relatório também menciona que tanto o governo brasileiro quanto o dos Estados Unidos têm buscado silenciar críticos nas redes sociais. Elon Musk, proprietário da X, fez várias críticas às decisões de Moraes, que resultaram na suspensão de contas que divulgavam informações falsas, especialmente relacionadas ao processo eleitoral brasileiro.
No contexto brasileiro, o comitê citou como opositores do governo afetados por essas medidas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Alan Rick (União Brasil-AC), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e a filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil.
“Moraes censura demandas. Para esse fim, compreender as ameaças representadas pelos anti-liberdade de movimento de governos fora do país, o Comitê emitiu um intimação para X Corp. para documentos e registros relacionados aos esforços recentes pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil para obrigar X censurar meios de comunicação social no país”, diz trecho do documento.
Além disso, o colegiado solicitou todos os documentos e comunicações entre o Departamento de Estado dos EUA e o governo brasileiro sobre as ordens, demandas ou mandados do TSE e do STF relacionados à suspensão ou remoção de contas na X.