Com a divulgação das atas, Edmundo González venceu a eleição com 7.119.768 (67%) dos votos, enquanto o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, teve 3.225.819 (30%) dos votos.
A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, divulgou nesta quarta-feira (31/07) as atas eleitorais das eleições presidenciais ocorridas no último domingo (28/07). As informações foram disponibilizadas em um site acessível ao público, onde é possível verificar os resultados detalhados das eleições. Veja aqui!
Os dados indicam que o candidato opositor, Edmundo González, venceu a eleição com 7.119.768 votos (67%), enquanto Nicolás Maduro obteve apenas 3.225.819 votos (30%). As atas estão disponíveis para consulta em nível nacional, estadual, municipal e por cada centro eleitoral.
Esses resultados contradizem o anúncio oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Maduro, que não divulgou as atas e declarou a vitória de Nicolás Maduro sem nenhum tipo de comprovação.
No site divulgado pelos partidos de oposição, foram digitalizados 24.384 boletins de voto, representando aproximadamente 81,21% do total de urnas, que continuam a ser contabilizadas. A participação eleitoral foi de 10.613.881 eleitores, ou 60,19% do eleitorado oficial.
A divulgação desses dados atende às exigências da comunidade internacional para reconhecer os resultados das eleições na Venezuela. “Já conhecemos os resultados, já os temos em todas as atas, então não se preocupem, porque conhecemos os resultados e a comunidade internacional também os conhece, também os viu”, afirmou Edmundo González, verdadeiro vencedor do pleito segundo a oposição.
A proclamação da reeleição de Maduro pelo CNE, considerado controlado pelo regime, foi imediatamente rejeitada pela oposição, que afirma ter contado com cerca de 90 mil testemunhas nas mesas de votação, garantindo a obtenção das atas publicadas.
As alegações de fraude e a reeleição de Maduro provocaram uma onda de protestos em toda a Venezuela. Até a tarde desta quarta-feira (31/07), pelo menos 18 manifestantes foram mortos e 778 foram presos, segundo dados de organizações independentes.