23 de novembro de 2024 06:30
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Ações da PF ocorreram um dia após denúncia de Glenn Greenwald sobre ilegalidades nos inquéritos sob o comando de Alexandre de Moraes (STF).

Ações da PF ocorreram um dia após denúncia de Glenn Greenwald sobre ilegalidades nos inquéritos sob o comando de Alexandre de Moraes (STF).

Na manhã de hoje (14/08), agentes da Polícia Federal realizaram uma operação de busca e apreensão na residência do jornalista Ed Raposo. A ação resultou na condução de Raposo para prestar depoimento na sede da Polícia Federal. No mesmo dia, a esposa e a filha do jornalista Osvaldo Eustáquio também foram alvos de busca e apreensão, aumentando a pressão sobre indivíduos investigados em inquéritos conduzidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Essas operações ocorreram um dia após a publicação de uma denúncia contundente feita pelo jornalista Glenn Greenwald na Folha de S. Paulo. Em seu artigo, Greenwald criticou duramente os inquéritos conduzidos por Moraes, apontando inúmeros abusos e violações constitucionais que, segundo ele, têm se tornado uma marca registrada das investigações conduzidas pelo ministro nos inquéritos que tramitam no STF. Até o momento, não foi confirmado se o jornalista Ed Raposo foi preso ou liberado após prestar depoimento.

Greenwald revelou áudios dos funcionários de Moraes

Glenn Greenwald revelou um arquivo de 6 GB (gigabytes) contendo trocas de mensagens via WhatsApp entre assessores do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e, na época, presidente do TSE, que expõem uma estratégia obscura de perseguição a apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais. A Folha de S. Paulo publicou a primeira de uma série de reportagens sobre o assunto, destacando que, em diversos casos, as denúncias foram forjadas por assessores da Corte a mando de Alexandre de Moraes (STF).

As mensagens, que abrangem o período de agosto de 2022 a maio de 2023, indicam que documentos redigidos a pedido de Moraes ou de seu gabinete no STF foram enviados da Justiça Eleitoral para serem incorporados ao inquérito das fake news.

Um relatório, solicitado pelo juiz instrutor Airton Vieira, do gabinete de Moraes, e preparado por Eduardo Tagliaferro, então coordenador da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, recomendava o bloqueio das contas do jornalista Rodrigo Constantino nas redes sociais, o cancelamento de seu passaporte e sua intimação pela Polícia Federal.

As mensagens e trocas de áudios do juiz Airton Vieira deixam claro que a ordem partiu diretamente de Moraes, apesar de o relatório do TSE informar “monitoramento por terceiros”. Vieira chegou a comentar que o ministro “cismou” ao exigir o reforço das medidas contra o jornalista.

“Através de nosso sistema de alertas e monitoramento por parceiros deste Tribunal, recebemos informações de ocorrências relacionadas ao perfil @RConstantino no Twitter, onde são publicadas diversas reportagens contra o STF e TSE, além de vídeos apoiando o golpe militar”, diz um trecho da determinação.

A justificativa também cita a influência do jornalista: “Devido ao poder do influenciador e à sua grande legião de seguidores, suas postagens vêm sendo amplamente compartilhadas, incitando ainda mais os atos antidemocráticos em andamento no país.”

Com informações da Revista Exilio.

Da Redação.

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