A frustração da equipe de Moraes com a Interpol no caso Allan dos Santos: “Dá vontade de mandar uns jagunços pegar esse cara na marra e colocar num avião”
Reprodução do Instagram: Allan dos Santos celebrando o aniversário de sua filha depois ficar quase 4 anos separado da família em exílio forçado.
Em um mundo onde a justiça deveria ser o pilar central da democracia, testemunhamos um caso que revela a face sombria da tirania disfarçada de legalidade. O caso de Allan dos Santos, um jornalista brasileiro perseguido por expressar suas opiniões, expõe a farsa que a democracia no Brasil se tornou sob o comando de figuras autoritárias como Alexandre de Moraes.
Glenn Greenwald, um jornalista conhecido por sua luta pela transparência e liberdade de expressão, trouxe à tona uma série de mensagens chocantes que revelam os bastidores do que só pode ser descrito como uma caça às bruxas moderna. Segundo essas mensagens, membros da equipe de Moraes discutiram o uso de métodos extrajudiciais para capturar Allan dos Santos, incluindo a sugestão de “mandar uns jagunços pegar esse cara na marra e colocar num avião brasileiro.” Se isso não é uma ameaça à liberdade individual, então o que é?
Mas o que Allan dos Santos fez para merecer tal perseguição? Ele criticou instituições, denunciou abusos de poder e defendeu valores que muitos brasileiros compartilham. Ele se opôs à censura, à corrupção e ao totalitarismo. E, por isso, foi declarado inimigo do Estado, não por ter cometido crimes violentos ou organizado golpes de Estado, mas por expressar opiniões que incomodavam a elite política brasileira.
O que é ainda mais perturbador é a falta de resposta da Interpol e do governo dos Estados Unidos aos pedidos de prisão e extradição de Allan. Essas entidades, que supostamente devem operar de forma imparcial, perceberam o que realmente estava acontecendo: uma tentativa de usar a justiça internacional para perseguir um dissidente político. O que deveria ser um processo legal legítimo foi desmascarado como uma tentativa desesperada de silenciar uma voz incômoda.
Alexandre de Moraes e seus asseclas estão frustrados. Frustrados porque não podem calar Allan dos Santos da maneira que desejam, porque os mecanismos internacionais de justiça ainda têm alguma medida de integridade. E é exatamente essa integridade que eles buscam destruir. Eles não querem apenas prender Allan; querem fazer dele um exemplo, um aviso para qualquer outro que ousar desafiar o status quo.
A verdadeira questão aqui não é apenas sobre Allan dos Santos. É sobre a liberdade de expressão, o direito de criticar o governo e a proteção contra o abuso de poder. Se o governo brasileiro pode perseguir alguém como Allan, quem será o próximo? Quem será o próximo a ser caçado, ameaçado, ou até mesmo sequestrado, por ousar dizer a verdade?
O Brasil, como muitas outras nações, está em uma encruzilhada. A escolha é clara: continuar no caminho da tirania, onde a liberdade de expressão é esmagada e o poder é exercido sem controle, ou retornar ao caminho da verdadeira democracia, onde as vozes dissidentes são protegidas e respeitadas.
Allan dos Santos não é apenas um homem; ele é um símbolo da luta pela liberdade contra um sistema que parece cada vez mais disposto a sacrificar os direitos individuais em nome de seu poder. E todos nós, independentemente de nossas opiniões políticas, devemos estar alarmados. Porque quando a justiça é manipulada para servir aos interesses de poucos, todos nós nos tornamos vítimas em potencial.
Se o Brasil realmente deseja ser uma democracia vibrante e respeitada, precisa mostrar ao mundo que não tolera abusos de poder, mesmo quando isso significa proteger aqueles que falam contra o governo. Allan dos Santos merece justiça, não vingança. E a democracia brasileira, se é que ainda existe, merece ser salva da tirania daqueles que a ameaçam.
Com Informações de Glenn Greenwald