16 de setembro de 2024 10:11
O avião "presidencial" de Maduro, avaliado em US$ 13 milhões, estava na República Dominicana há alguns meses.

O avião “presidencial” de Maduro, avaliado em US$ 13 milhões, estava na República Dominicana há alguns meses. O governo norte-americano aproveitou a oportunidade para confiscar a aeronave.

As autoridades dos Estados Unidos apreenderam um avião presidencial de Nicolás Maduro, líder da Venezuela, em uma ação relacionada às sanções econômicas impostas ao governo venezuelano. A aeronave foi transportada para a Flórida nesta segunda-feira (2), conforme informado por fontes oficiais americanas.

A apreensão do avião, que vinha sendo utilizado por Maduro em suas viagens internacionais, é um reflexo do contínuo atrito entre os dois países. O governo dos EUA justifica a ação com base na alegação de que a aquisição da aeronave violou as sanções impostas contra a Venezuela, além de estar vinculada a questões criminais em investigação.

Descrevendo a aeronave como o equivalente venezuelano ao Air Force One dos Estados Unidos, as autoridades americanas sublinharam o simbolismo do ato. “Isso envia uma mensagem direta ao mais alto nível”, afirmou uma das fontes à CNN. “A apreensão de um avião presidencial é algo sem precedentes em termos criminais. Estamos deixando claro que ninguém está acima da lei ou das sanções dos EUA.”

O Departamento de Segurança Interna, o Departamento de Justiça e o Departamento de Estado foram contatados para comentar a operação, mas ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o caso.

A situação política e econômica da Venezuela continua a ser um foco de preocupação para os Estados Unidos, principalmente devido à crise humanitária que levou milhões de venezuelanos a migrarem para outros países, incluindo os Estados Unidos. O governo americano vem há anos tentando impedir que recursos financeiros cheguem ao regime de Maduro, tendo já confiscado dezenas de veículos de luxo e outros bens destinados à Venezuela.

O avião, avaliado em cerca de US$ 13 milhões, estava na República Dominicana há alguns meses. As autoridades americanas, sem revelar os detalhes específicos que levaram à apreensão, aproveitaram a oportunidade para confiscar a aeronave em colaboração com as autoridades dominicanas.

A aeronave será agora submetida a um processo de confisco nos Estados Unidos, onde o regime venezuelano terá a chance de contestar a apreensão, apresentando provas e argumentos em sua defesa.

Recentemente, os Estados Unidos têm pressionado Caracas a divulgar informações detalhadas sobre suas eleições presidenciais, levantando dúvidas sobre a legitimidade da reeleição de Maduro. Em resposta ao que consideram uma falta de transparência, os EUA reimpuseram sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela no início deste ano.

O Departamento de Justiça dos EUA já havia indiciado Maduro e outros 14 altos funcionários venezuelanos em março de 2020, acusando-os de envolvimento em narcotráfico, terrorismo e corrupção. O governo americano também ofereceu uma recompensa de até US$ 15 milhões por informações que levem à captura de Maduro.

Em um episódio anterior, dois sobrinhos da primeira-dama Cilia Flores foram condenados por tráfico de drogas em Nova York e, posteriormente, libertados em uma troca de prisioneiros em 2022. Esses casos são frequentemente citados pelas autoridades americanas como exemplos do que consideram a exploração do povo venezuelano pelo regime de Maduro.

A crise humanitária na Venezuela, marcada por severas condições econômicas e a falta de alimentos e serviços básicos, resultou na fuga de mais de 7,7 milhões de pessoas do país, configurando o maior êxodo de refugiados no Hemisfério Ocidental.

Com Informações da CNN.

Da Redação.

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