3 de dezembro de 2024 13:48
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A Polícia de SP desarticulou plano do PCC com apreenção de munições e armaentos pesados

A Polícia de SP desarticulou plano do PCC com apreenção de munições e armaentos pesados

A Polícia de SP desarticulou um plano do PCC para matar Derrite ao encontrar apreender na casa do criminoso “China do PCC”, duas munições calibre .50, 480 munições calibre 7,62×51, 400 munições calibre 9 mm, além de dois armamentos pesados.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem suspeito de participar de um complô para assassinar o Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, uma figura de destaque no governo de Tarcísio de Freitas, principalmente, no combate e desarticulação do PCC em SP.

O bandido foi identificado como Marcelo Adelino de Moura, conhecido como “China”, o suspeito é apontado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e seria o responsável pela execução do crime. China estava fortemente armado no momento da prisão.

Durante a operação, as autoridades apreenderam uma metralhadora Mag 762, utilizada pela Armada Argentina, além de um fuzil “HK 47”, que pareceu ser modelo de fabricação chinesa, coletes balísticos, capacetes, máscaras, luvas táticas e diversas munições, incluindo projéteis para pistolas de 9 milímetros e munição calibre .50. Além do armamento, foram encontrados 18 tabletes de pasta base de cocaína e uma quantia em dinheiro que totalizava mais de R$ 100 mil, sendo a maior parte encontrada na residência do criminoso e o restante no veículo que ele utilizava.

A operação que resultou na prisão de China (do PCC) inicialmente não estava relacionada à investigação sobre o plano para assassinar Derrite. Somente após a detenção, realizada em maio por agentes do Comando de Operações Especiais do Batalhão de Choque, é que o setor de Inteligência da Polícia Civil identificou fortes elementos e o envolvimento do criminoso na conspiração para o ataque ao secretário. As investigações apontam que caberia ao criminosos China a tarefa final de executar Derrite. O atentado estava sendo planejado em um contexto mais recente em que as forças policiais de SP causaram perdas bilionárias ao PCC nos últimos seis meses.

China, de 48 anos, possui um histórico e uma longa fixa criminal, com passagens pela polícia por crimes como homicídio, lavagem de dinheiro, ameaça, resistência à execução de ato legal mediante violência ou ameaça, falsidade ideológica, formação de quadrilha, furto, roubo, evasão de preso e falsificação de documento público.

Na casa de China, foram apreendidas duas munições calibre .50, 480 munições calibre 7,62×51, 400 munições calibre 9 mm, além de dois armamentos pesados: uma metralhadora Mag 7,62×51 “Armada Argentina 209” e um fuzil HK 47 – 7,62×51. Entre os acessórios confiscados, estavam coletes balísticos, luvas táticas, máscaras, capacetes balísticos, joelheiras e vários carregadores para diferentes tipos de armas. Também foram apreendidos cinco celulares, sendo três iPhones e dois Xiaomi.

Impacto da perda financeira dentro do PCC

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, liderada por Derrite, o ano de 2023 registrou um recorde na apreensão de cocaína, que é a principal fonte de renda do PCC. Ao todo, foram apreendidas 39,6 toneladas da droga, a maior quantidade desde o início da série histórica, em 2001. A polícia também desmantelou 17 grandes depósitos de entorpecentes, principalmente nas proximidades do Porto de Santos, utilizado pelo PCC para exportar cocaína para a Europa, Ásia, África e Oriente Médio.

Essas ações policiais têm causado tensões internas no PCC, com algumas lideranças contestadas por novos membros que buscam ascender na organização. Apesar das apreensões, as autoridades ainda não têm uma estimativa precisa sobre o montante financeiro que o PCC detém. “Não sabemos se conseguimos enfraquecê-los significativamente ou se apenas provocamos um incômodo. Mas é certo que estão sendo pressionados”, afirmou um membro do setor de inteligência da polícia paulista. As operações têm contado com a colaboração da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e do Ministério Público.

A exportação de cocaína é a atividade mais lucrativa para o PCC. A droga, proveniente principalmente da Colômbia e da Bolívia, é transportada por rodovias e hidrovias até portos e aeroportos, de onde segue para outros continentes. Quando chega a países europeus ou do Oriente Médio, o valor da cocaína pode ser multiplicado em até 15 vezes.

Mapeamentos indicam que a droga entra no Brasil principalmente através dos estados do Acre e de Rondônia, tendo como destino prioritário São Paulo, devido à infraestrutura rodoviária e aos meios de escoamento disponíveis, especialmente o Porto de Santos.

Entre as estratégias do governo de Tarcísio e do secretário de segurança Derrite para combater o PCC, está a proposta de um decreto que permitirá o uso do dinheiro apreendido do narcotráfico para financiar ações contra as próprias organizações criminosas.

Com informações da Revista Exilio.

da Redação.

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