Imagine as famílias dos presos inocentemente em 8 de janeiro? Quanta consideração!
O seu advogado pede avaliação psicológica e explicações da penitenciária sobre o isolamento prolongado de Marcola que está sem dar notícias por mais de 10 dias.
A família de Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), expressou preocupação crescente com a saúde mental do detento, que se encontra em isolamento prolongado na Penitenciária Federal de Brasília (PFBra). Em uma petição que tramita em segredo de Justiça, os parentes denunciaram o “sumiço” de Marcola dentro da unidade prisional, destacando que, durante as visitas, o preso mostrou sinais de desorientação, confusão e “oscilações na percepção da realidade”.
De acordo com o documento, Marcola está em isolamento total desde março deste ano, sem qualquer contato com outros presos. A defesa alega que essa condição, mantida até o presente momento, tem provocado alterações significativas no comportamento do detento, resultando em um impacto negativo em sua saúde psíquica.
A petição também revela que, há cerca de um mês, Marcola foi transferido para a enfermaria da penitenciária, sem que fosse apresentada uma justificativa clara para tal medida. Segundo Bruno Ferullo, advogado do preso, essa transferência reforça a intenção das autoridades de mantê-lo em isolamento total, o que, na visão da defesa, pode causar sérios danos psicológicos, incluindo ansiedade, depressão, psicose e perda de conexão com a realidade.
Diante desses fatos, a defesa de Marcola solicitou ao juiz corregedor da prisão que autorize uma avaliação psicológica para medir os efeitos do isolamento na saúde mental do líder do PCC. Além disso, foi pedido que a Penitenciária Federal de Brasília explique os motivos por trás do prolongado isolamento.
Até o momento, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) não se manifestou sobre o caso, apesar dos pedidos de esclarecimento feitos pela coluna Na Mira, que divulgou as informações. O espaço permanece aberto para eventuais declarações das autoridades.
A situação de Marcola, detido em condições extremas, levanta questões sobre o tratamento de presos de alta periculosidade e os limites do isolamento em instituições penitenciárias federais.
Com Informações da Revista Exilio.