9 de janeiro de 2025 10:18
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Paulistanos terminaram o ano mais inseguros co a Celic em alta e incertezas econômicas

Paulistanos terminaram o ano mais inseguros co a Celic em alta e incertezas econômicas

O ICF (Índice de Intenção de Consumo das Famílias) da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) terminou 2024 com queda de 5,9% na análise mensal em relação ao mesmo período de 2023. Já o ICC (Índice de Confiança do Consumidor), que mede o otimismo das famílias em ir às compras, fechou o ano em retração de 4,3%. Esses índices demostram que o consumo das famílias paulistanas foi oscilante ao longo de 2024.

Economia a beira de um desastre

Embora os índices permaneçam acima dos 100 pontos — marco que separa otimismo e pessimismo —, os dois desempenhos são reflexos da insegurança das famílias em meio a um cenário macroeconômico que começa a se mostrar desastroso, com a manutenção da taxa Selic em níveis elevados (fechando o ano acima de 12%), o que dificulta o acesso ao crédito e desestimula o consumo, especialmente de bens de maior valor agregado.

ÍNDICE DE CONSUMO DAS FAMÍLIAS (ICF)

12 meses

ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (ICC)

12 meses

No comparativo mensal, dezembro ainda apresentou alta de 2,8% no caso do ICF e de 1,4% no ICC, impulsionados por fatores sazonais, como o pagamento do 13º salário (em um país que está perto do pleno emprego) e as promoções de fim de ano. Apesar desse alívio temporário, a tendência anual reforça uma adaptação das famílias a um ambiente de maior incerteza, com priorização de gastos essenciais e adiamento de aquisições de longo prazo.

Os subíndices do ICF exemplificam esse cenário: a variável “Renda Atual”, por exemplo, foi o principal destaque positivo de 2024, crescendo 3,5% em 12 meses. Ela, que analisa o quanto as famílias estão otimistas com a situação do orçamento doméstico, terminará o ano em 141,1 pontos. Essa alta foi sustentada pelos reajustes salariais e benefícios sazonais que melhoraram os rendimentos delas ao longo do ano. Foi, de longe, a melhor variável do indicador.

Por outro lado, o quesito “Momento para Duráveis” foi o pior, registrando ao longo dos meses uma oscilação que o fará terminar abaixo da casa dos 100 pontos (82,1), o que evidencia a cautela das famílias em meio às pressões econômicas e do endividamento.

ICF – SUBÍNDICES

 

PERSPECTIVAS PARA 2025

Para a FecomercioSP, considerando esses números, o desempenho da economia em 2025 dependerá de três pilares: a inflação, a política monetária e a condução das contas públicas.

No primeiro caso, os preços devem permanecer acima da média no ano que se aproxima. As projeções da Entidade sugerem que a inflação de 2025 seja de 4,8%, e a de 2026 fique em 4,6%. Será necessário manter a disciplina fiscal e adotar políticas que garantam estabilidade nos preços, especialmente nos setores de serviços e bens essenciais, como alimentos e energia.

Já a Selic, em torno de 12,25% ao ano, continuará desempenhando papel fundamental nessa conjuntura. A flexibilização monetária será essencial para aliviar as restrições de crédito, estimular o consumo e incentivar investimentos, especialmente em setores como a construção civil, que tem potencial de gerar empregos.

Outro elemento de atenção é o cenário fiscal: a percepção da condução das contas públicas e a aprovação de reformas estruturais será decisiva para a taxa de câmbio e das expectativas inflacionárias.

O QUE FAZER?

A recomendação para os consumidores em meio a essa conjuntura é reduzir o endividamento o máximo possível, com foco no pagamento de dívidas e na minimização da exposição a taxas de juros elevadas. O planejamento financeiro será essencial para as famílias enfrentarem o cenário de consumo cauteloso.

Já os empresários precisarão adotar estratégias que priorizem a eficiência operacional, otimizando custos e processos para enfrentar margens mais apertadas. Uma nova tendência é no investimento em marketing digital para captar a demanda residual e fidelizar consumidores.

Além disso, promoções e condições facilitadas de pagamento, aliadas à inovação no atendimento e à personalização da experiência do cliente, serão diferenciais importantes para enfrentar a concorrência e melhorar os resultados em um cenário desafiador.

Fonte: FecomercioSP / foto: Freepik

Da Redação.

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