Governo Lula defende manter diálogo com regime Maduro
A declaração foi dada durante uma reunião da OEA, em meio às tensões políticas após as eleições de 2024, marcadas por suspeitas de fraude.
Brasilia/DF – (25/01/2025) – Benoni Belli, o embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA), destacou nesta sexta-feira (24) a importância de manter os canais de diálogo com a ditadura de Nicolás Maduro na Venezuela. A declaração foi dada durante uma reunião do órgão, em meio às tensões políticas no país após as eleições presidenciais de julho de 2024, marcadas por suspeitas de fraude.
“Consideramos fundamental resguardar canais de interlocução com as autoridades venezuelanas”, afirmou Belli, defendendo uma abordagem construtiva para resolver a crise na Venezuela. Segundo ele, o isolamento diplomático imposto ao regime de Maduro no passado apenas reduziu a capacidade da região de buscar soluções para os problemas do país.
Belli também expressou preocupação com a situação dos direitos humanos na Venezuela. Ele mencionou detenções arbitrárias de lideranças políticas e defensores de direitos humanos, além de ações de intimidação contra a liberdade de expressão e o direito à manifestação pacífica.
“Estamos preocupados com as detenções de lideranças políticas e defensores de direitos humanos, bem como com as continuadas ações de intimidação que restringem direitos fundamentais de importantes segmentos da sociedade venezuelana”, pontuou o embaixador.
As eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, vencidas por Nicolás Maduro, não foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional devido a suspeitas de irregularidades. Mesmo assim, o governo brasileiro tem adotado uma postura de mediação entre Caracas e os demais países, tentando manter o diálogo com o regime chavista.
No entanto, a relação entre Brasil e Venezuela foi marcada por atritos em outubro de 2024, quando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva vetou a entrada da Venezuela no bloco dos Brics. A decisão gerou críticas de Maduro, que comparou Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro e inflamou apoiadores nas redes sociais.As eleições presidenciais de 2024 na Venezuela, vencidas por Nicolás Maduro, não foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional devido a suspeitas de irregularidades. Mesmo assim, o governo brasileiro tem adotado uma postura de mediação entre Caracas e os demais países, tentando manter o diálogo com o regime chavista.
No entanto, a relação entre Brasil e Venezuela foi marcada por atritos em outubro de 2024, quando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva vetou a entrada da Venezuela no bloco dos Brics. A decisão gerou críticas de Maduro, que comparou Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro e inflamou apoiadores nas redes sociais.
Apesar das divergências, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas para a posse de Maduro em janeiro de 2025, sinalizando a intenção de preservar a interlocução diplomática com o país.
O governo Lula mantém uma política de mediação na crise venezuelana, buscando equilibrar o diálogo com as autoridades locais e a preocupação com denúncias de violações de direitos humanos. Durante o encontro na OEA, Belli reiterou que o Brasil continuará trabalhando em prol de soluções pacíficas para o conflito político e social na Venezuela.
Fonte: Hora Brasilia.
Da Redação.
Jornalista
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