Por que o Brasil não reage ao caos institucional?

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Crise institucional e apatia popular: um alerta necessário

Por que o Brasil não reage ao caos institucional?

No artigo publicado na Edição 265 da Revista Oeste, Adalberto Piotto aborda a apatia do Brasil diante de um cenário alarmante. O colunista questiona: “Por que o país não reage na proporção que deveria diante do tamanho do absurdo institucional?” A análise traz à tona três pilares que caracterizam o atual contexto sob o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva: gastos públicos descontrolados, perda de relevância diplomática e a quebra da independência entre os Três Poderes.

O caos institucional e seus impactos

Adalberto Piotto descreve como o Brasil, com 220 milhões de habitantes e um mercado consumidor robusto, é refém de políticas econômicas ultrapassadas que inibem o crescimento. Segundo ele, o governo aposta em um modelo de assistencialismo exacerbado, enquanto as empresas enfrentam dificuldades para expandir devido à falta de mão de obra e aos custos elevados.

“O governo gasta demais e gera inflação. Suga o crédito do país para se financiar, tornando mais caro o financiamento para quem produz. Do lado da demanda, turbina o assistencialismo com as tais bolsas viciantes. Isso cria um ciclo vicioso: pessoas rejeitam empregos formais para manter benefícios, e as empresas não conseguem crescer. Sem crescimento, não há aumento sustentável de renda, nem arrecadação de impostos, o que leva o governo a recorrer ao populismo do gasto público descontrolado”, analisa Piotto.

A situação torna-se ainda mais grave em um cenário internacional de mudanças econômicas e tecnológicas. Enquanto outras nações discutem temas como inteligência artificial, tarifas e propriedade intelectual, o Brasil perde relevância no tabuleiro global. Internamente, insegurança e desigualdade aumentam, com supermercados instalando grades para proteger itens básicos como café e azeite, reflexo da deterioração econômica e social.

A quebra da independência entre os Poderes

Outro ponto crítico levantado por Piotto é a ruptura da separação e independência entre os Três Poderes. Ele aponta que decisões alinhadas entre Executivo, Legislativo e Judiciário têm enfraquecido a democracia brasileira. “Não temos mais a plena democracia e a normalidade institucional que recebemos dos constituintes de 1988”, alerta o autor.

Essa situação gera um ambiente de incerteza, no qual muitas entidades de classe e organizações de defesa da democracia permanecem inertes. “Diante de tudo isso, por que o país não reage? O que falta para que mais pessoas se manifestem e cobrem mudanças reais? Estamos à beira de um colapso institucional e econômico que afeta diretamente a vida de cada cidadão”, reforça o colunista.

Por que o Brasil não reage?

A questão central do artigo de Piotto é o aparente estado de apatia da população brasileira. Mesmo diante de um cenário de inflação alta, desemprego crescente e redução do poder de compra, não há um clamor popular significativo por mudanças.

Piotto sugere que a resposta pode estar em um desânimo coletivo alimentado pelo descrédito nas instituições, pela dependência de políticas assistencialistas e pela falta de líderes capazes de mobilizar a sociedade. “O que falta é coragem para romper com o ciclo de passividade e exigir um Brasil melhor”, conclui.

Fonte: Revista Oeste.

Da Redação.

Jornalista


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