Senado Pressiona por Prisão de Ex-Ministro em Escândalo do INSS

CPMI do INSS ganha força com denúncias de fraudes bilionárias

Em um discurso inflamado no Senado, o senador Magno Malta (PL-ES) trouxe à tona a indignação de milhões de brasileiros ao cobrar a imediata instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os escândalos de descontos indevidos em benefícios previdenciários. Com tom firme, Malta exigiu a responsabilização do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e de outros envolvidos em um esquema que, segundo investigações, desviou até R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. “O senhor Lupi e sua trupe precisam ser presos”, declarou o senador, ecoando o sentimento de revolta de vítimas vulneráveis.

A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 23 de abril de 2025, revelou um esquema sofisticado de fraudes. Associações e sindicatos, muitas vezes de fachada, realizavam descontos não autorizados diretamente na folha de pagamento de beneficiários do INSS, sem o consentimento dos aposentados. O prejuízo, que cresceu exponencialmente a partir de 2023, atingiu milhões de brasileiros, especialmente idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade. A investigação resultou em seis prisões temporárias, 211 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens avaliados em mais de R$ 1 bilhão, incluindo carros de luxo, joias e dinheiro em espécie.

Malta, cuja tia idosa e amputada foi vítima dos descontos, trouxe um relato pessoal ao plenário: “Ela me liga desesperada, dizendo que o dinheiro não dá nem para o básico. É desumano roubar de quem trabalhou a vida inteira.” O senador destacou a opulência dos operadores do esquema, que, segundo ele, “vivem nababescamente em cima da miséria de quem mal tem para comprar remédio”. A denúncia foi reforçada por relatos de associações de aposentados do Espírito Santo, que apontam dificuldades financeiras generalizadas entre trabalhadores rurais e aposentados do campo.

O discurso de Malta também traçou paralelos históricos, comparando a crise atual ao colapso de regimes autoritários como o Império Romano: “Calígula, Nero… a máscara sempre cai quando a injustiça prevalece.” Para o senador, a CPMI do INSS não é apenas uma questão política, mas uma demanda de justiça social. Ele questionou: “Como vamos devolver o dinheiro dessas pessoas? Onde está esse dinheiro?” Parlamentares da oposição, como o senador Rogério Marinho (PL-RN), já garantiram assinaturas suficientes para a criação da CPMI, que depende agora da leitura do requerimento pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, em 2 de maio de 2025, não arrefeceu a pressão da oposição. Lupi, que nega envolvimento no esquema, foi alertado sobre as fraudes em junho de 2023, mas levou quase um ano para tomar providências, segundo atas do Conselho Nacional de Previdência Social. Sua demissão, após pressão do Palácio do Planalto, foi seguida pela indicação de Wolney Queiroz, então número dois da pasta, como novo ministro. A nomeação, porém, não dissipou as críticas, já que Queiroz também participou de reuniões onde as irregularidades foram discutidas.

O governo Lula tem tentado desvincular o escândalo de sua gestão, destacando que o esquema teve início no governo Bolsonaro. No entanto, relatórios da CGU mostram que os descontos indevidos cresceram 84% em 2023, já sob a administração atual, atingindo R$ 1,3 bilhão. O Planalto suspendeu todos os descontos associativos e prometeu ressarcir os beneficiários, mas a oposição mantém a ofensiva, apostando na CPMI para expor responsabilidades e desgastar o governo às vésperas das eleições de 2026.

Enquanto isso, a voz dos aposentados ecoa no Senado, amplificada por parlamentares como Malta, que prometem não descansar até que a justiça seja feita. A instalação da CPMI pode ser um divisor de águas, trazendo à tona os detalhes de um dos maiores escândalos previdenciários da história do Brasil.

Fonte: UOL .

Da Redação.

Jornalista

Ronaldo dos Reis

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Ronaldo dos Reis é jornalista, formado na Universidade Metodista de Piracicaba, pastor, formado bacharel em teologia pela Igreja Batista da Redenção. É também formado em Tecnologia em Marketing pela Universidade do Paraná. Tem formação em Coaching com especialização em emagrecimento definitivo e Programação Neurolinguística (PNL) aplicada ao Coaching e formação em Master Coaching, com especialização em Hipnose Clínica, pela Sociedade Internacional do Mindset (S.I.M.), presidida por Edson Burger.
Minha missão de vida é ajudar as pessoas a alcançar seus sonhos, objetivos e metas, voltados para o desenvolvimento humano, espiritual, autoconhecimento e equilíbrio físico, mental e emocional. Acredito em Deus, na família, no trabalho, na honestidade, no empreendedorismo, na liberdade de expressão e no nosso Brasil.

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