Trump S ubstitui Waltz por Rubio e Nomeia Waltz para ONU

Rubio assume interinamente segurança nacional enquanto Waltz enfrenta críticas.
Washington, 1º de maio de 2025 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quinta-feira uma reestruturação significativa em sua equipe de segurança nacional, nomeando o conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, como embaixador dos EUA nas Nações Unidas. Em uma decisão que pegou muitos de surpresa, Trump também revelou que o secretário de Estado, Marco Rubio, assumirá interinamente o papel de conselheiro de segurança nacional, acumulando duas funções críticas na administração.
A mudança ocorre em meio a uma onda de controvérsias envolvendo Waltz, um ex-congressista da Flórida e veterano militar, que enfrentou críticas intensas desde março, quando foi revelado que ele inadvertidamente incluiu Jeffrey Goldberg, editor-chefe do The Atlantic, em um grupo de mensagens interno do Conselho de Segurança Nacional. O grupo discutia detalhes sensíveis sobre ataques aéreos planejados contra os houthis no Iêmen, expondo informações confidenciais a um jornalista. Embora Trump não tenha confirmado explicitamente a demissão de Waltz, a imprensa interpretou a nomeação para a ONU como uma saída estratégica do cargo de segurança nacional.
“Desde seu tempo no campo de batalha, no Congresso e como meu conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz trabalhou para colocar os interesses de nossa nação em primeiro lugar”, declarou Trump em comunicado. “Sei que ele fará o mesmo em seu novo papel nas Nações Unidas.” Apesar do elogio, o presidente evitou responder perguntas da imprensa sobre a situação, deixando dúvidas sobre os motivos exatos da transição.
Waltz, conhecido por sua postura linha-dura contra o Irã e apoio incondicional a Israel durante seu mandato no Congresso, recebeu elogios do embaixador israelense na ONU, Danny Danon. “Mike Waltz é um verdadeiro amigo de Israel e do povo judeu”, disse Danon. “Vamos enfrentar juntos as forças da mentira e do ódio nas Nações Unidas, fortalecendo a aliança entre Israel e os EUA.”
A nomeação de Waltz para a ONU segue uma série de mudanças na equipe de segurança nacional de Trump, marcada por demissões e reestruturações nos primeiros 100 dias de seu novo governo. Recentemente, o presidente retirou a indicação da deputada Elise Stefanik (R-N.Y.) para o mesmo cargo na ONU, citando preocupações com a maioria republicana na Câmara. Além disso, Trump demitiu os chefes da Agência de Segurança Nacional, do Comando Cibernético e vários funcionários do Conselho de Segurança Nacional em abril, enquanto o secretário de Defesa, Pete Hegseth, também sob escrutínio pelo mesmo incidente do grupo de mensagens, dispensou assessores próximos.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, justificou as demissões como uma resposta a vazamentos para a mídia, mas a oposição democrata intensificou as críticas. O líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries (D-N.Y.), exigiu a renúncia ou demissão de Hegseth, chamando-o de “lamentavelmente desqualificado”. Os democratas também pedem investigações mais profundas sobre o manejo de informações sensíveis pela administração Trump.
A ascensão de Rubio ao papel interino de conselheiro de segurança nacional adiciona uma camada de complexidade à administração. Como secretário de Estado, Rubio já desempenha um papel central na política externa dos EUA, e sua nova função pode sinalizar uma consolidação de poder dentro do círculo interno de Trump. Analistas especulam que a decisão reflete a confiança do presidente em Rubio, mas também levanta questões sobre a capacidade de um único indivíduo gerenciar duas posições de alta responsabilidade.
Enquanto Waltz se prepara para assumir seu novo cargo na ONU, a administração Trump enfrenta o desafio de estabilizar sua equipe de segurança nacional em um momento de tensões globais crescentes, incluindo conflitos no Oriente Médio e rivalidades com potências como China e Rússia. A nomeação de Waltz para a ONU, embora vista como uma promoção por alguns, também é interpretada como uma manobra para afastá-lo do epicentro das controvérsias em Washington.
Fonte: JNS, NBC, Casa Branca
Da Redação.
Jornalista
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