A Polícia Federal revelou que identificou um esquema de sabotagem destinado a obstruir o esclarecimento do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes por parte dos órgãos de investigação do Rio de Janeiro. No relatório divulgado, a PF listou uma série de “coincidências” consideradas suspeitas, incluindo a posse de Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio um dia antes do assassinato de Marielle, a nomeação de Giniton Lages para a delegacia de Homicídios do Rio no dia seguinte ao crime, e a atuação do promotor de Justiça do Rio de Janeiro Homero de Neves Freitas Filho, que, segundo os investigadores, tinha histórico de “conduta omissiva” em relação a apurações contra integrantes da DH.
De acordo com a PF, a investigação do caso Marielle foi deliberadamente prejudicada desde o início, levando à perda de evidências cruciais, como imagens dos imóveis vizinhos onde o crime ocorreu. Rivaldo Barbosa foi alvo de mandado de prisão preventiva em operação deflagrada no domingo, enquanto Giniton Lages foi alvo de mandado de busca e apreensão. A sabotagem teria começado nas “horas de ouro” da apuração do crime, conforme detalha o relatório.
Além disso, a conduta omissiva do promotor de Justiça Homero de Neves Freitas foi destacada pela PF, que apontou a necessidade de sua substituição para que as investigações pudessem avançar. Segundo o relatório, somente com a saída de Homero e a entrada do Gaeco do Ministério Público do Rio é que as investigações começaram a progredir.