21 de dezembro de 2024 01:22
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O Ministro do STF direcionava ações contra apoiadores de Bolsonaro, modificando relatórios para justificar medidas repressivas

O Ministro do STF direcionava ações contra apoiadores de Bolsonaro, modificando relatórios para justificar medidas repressivas

Conversas obtidas entre o gabinete do psicopata Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e o órgão de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que o ministro escolhia alvos específicos entre os apoiadores de Jair Bolsonaro e manipulava relatórios para justificar medidas como multas, bloqueios de contas e censura nas redes sociais.

As mensagens, trocadas entre Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes no STF, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE, e Eduardo Tagliaferro, chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, mostram que os relatórios eram ajustados conforme as ordens do ministro, muitas vezes sem que houvesse base legal sólida para as ações determinadas.

Em uma das conversas, de 6 de dezembro de 2022, Airton Vieira pediu a Tagliaferro que levantasse todas as “revistas golpistas” para que fossem desmonetizadas nas redes sociais. A solicitação foi acompanhada de um link da revista Oeste, uma publicação de direita conhecida por seu alinhamento antipetista e simpatia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando Tagliaferro informou que a revista apenas continha “publicações jornalísticas”, Vieira respondeu: “Use a sua criatividade… rsrsrs.”

Outro alvo das manobras de Moraes foi o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em novembro de 2022, Marco Antônio Vargas e Tagliaferro discutiram a necessidade de relacionar Eduardo Bolsonaro com o argentino Fernando Cerimedo, que havia propagado teorias sobre fraude nas eleições. Tagliaferro mencionou um vídeo em que Eduardo Bolsonaro aparecia com uma bandeira do jornal que transmitiu as lives de Cerimedo, o que foi considerado suficiente para justificar a perseguição ao deputado.

As mensagens revelam também que Moraes estava atento a qualquer menção ao seu nome nas postagens de influenciadores bolsonaristas. Em dezembro de 2022, Airton Vieira pediu para que Tagliaferro alterasse relatórios que mencionavam diretamente o ministro, orientando-o a focar em críticas ao TSE e às eleições.

Além disso, Moraes também direcionou ações contra a juíza Maria do Carmo Cardoso, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, conhecida por sua amizade com a família Bolsonaro. Em dezembro de 2022, o gabinete do ministro mandou levantar as redes sociais da juíza e preparar um relatório para oficiar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Essas revelações deixam claro que as ações do tirano Moraes não eram meramente administrativas, mas sim uma perseguição deliberada contra apoiadores de Bolsonaro. Apesar das alegações de que todos os procedimentos foram “oficiais e regulares”, as mensagens indicam uma manipulação dos relatórios e uma atuação parcial, que busca suprimir vozes conservadoras e consolidar o controle sobre o discurso político no Brasil.

Com informações da Revista Exilio.

Da Redação.

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