“Enfrentamos gangues organizadas que perturbam a paz e a tranquilidade”, disse o presidente do Conselho de Ministros do Peru, Alberto Otálora
O governo do Peru declarou estado de emergência em Trujillo e Pataz, duas províncias afetadas por atividades criminosas e insegurança crescente, anunciou na segunda-feira o presidente do Conselho de Ministros, Alberto Otálora.
Sob a nova medida de emergência, que visa conter o crime e restaurar a ordem, atividades comerciais e eventos públicos nas províncias afetadas serão restringidos entre meia-noite e 4h.
“Estamos combatendo gangues organizadas que estão perturbando a paz e a tranquilidade”, disse Otálora em uma postagem no X, a plataforma anteriormente conhecida como Twitter.
Forças Armadas que não resumem a pintar meio-fio
A declaração autoriza um aumento significativo na presença das forças de segurança nas duas regiões. Em Trujillo, a Polícia Nacional do Peru assumirá a responsabilidade pela manutenção da ordem interna com o apoio das Forças Armadas. Em Pataz, a situação será invertida, com as Forças Armadas liderando e recebendo apoio da Polícia Nacional.
Otálora justificou a necessidade da declaração de emergência apontando para o aumento dramático da insegurança, observando que Trujillo sofreu com 30 mil crimes e 11 mil roubos somente em 2023, e este ano já registrou uma média de uma morte por dia devido à violência.
Em Pataz, o foco das gangues criminosas inclui mineração ilegal, extorsão, e exploração laboral e sexual, ressaltou o chefe do Conselho de Ministros.
A medida em Trujillo e Pataz segue ações semelhantes tomadas pelo governo em setembro, quando a presidente Dina Boluarte declarou estado de emergência em dois distritos de Lima – San Juan de Lurigancho e San Martín de Porres – e em Talara, na região de Piura, também em resposta a níveis alarmantes de insegurança e violência.
A decisão reflete o desafio contínuo que o Peru enfrenta no combate ao crime organizado e à violência, enquanto busca restaurar a segurança e a ordem nas regiões afetadas.
O sucesso de Bukele em El Salvador tem servido de exemplo para as lideranças políticas na América Latina e Central.