Em entrevista para a Sky News, Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários e coordenador de socorro de emergência, causou revolta ao declarar que o Hamas não é considerado um grupo terrorista pela organização, mas sim um movimento político. A declaração veio em meio a discussões sobre a meta de Israel de eliminar o Hamas e proibir qualquer influência governamental do grupo em Gaza.
Griffiths argumentou que tirar o Hamas do poder sem uma solução negociada, que inclua suas demandas, é extremamente difícil. Ele reconheceu o “trauma” causado pelo Massacre de 7 de outubro , mas insistiu que Israel deve, apesar de tudo, buscar uma boa relação com seus vizinhos.
As declarações de Griffiths foram rapidamente condenadas. Eylon Levy, porta-voz de Israel, criticando as palavras de Griffiths, publicou no X: “Martin Griffiths, @UNReliefChief, nega que o Hamas seja uma organização terrorista. Não é de admirar que ele esteja abusando de seu poder para proteger o Hamas após o ataque terrorista mais mortal desde o 11 de setembro, em vez de exigir sua rendição.”
A conta oficial de Israel no X postou: “Segundo @UNReliefChief, o Hamas não é uma organização terrorista. São uma organização política, que de vez em quando assassina, estupra e sequestra civis para desabafar. Que abominação a @UN se tornou.”
A reação de Israel e dos críticos sublinha a crescente indignação com a posição da ONU e suas subsidiárias, como a UNRWA, em relação ao Hamas.