Em discurso realizado neste domingo (25.fev.2024) durante um ato na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rejeitou a ideia de que teria havido uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2024. Bolsonaro defendeu um projeto de anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
O ex-presidente destacou sua busca pela “pacificação”, sugerindo uma “passada de borracha no passado” como forma de promover uma convivência pacífica. Bolsonaro ressaltou que, após deixar a Presidência, deixou o país e não questionou os resultados das eleições.
“É uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos. A conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil. Agora, nós pedimos a todos 513 deputados e 81 senadores um projeto de anistia para que seja justiça no nosso Brasil”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente reconheceu que aqueles que danificaram o patrimônio público devem ser responsabilizados, mas argumentou que algumas penas são desproporcionais. Bolsonaro ressaltou sua contínua percepção de perseguição política e negou qualquer intenção de golpe, destacando os procedimentos legais necessários para a adoção de um estado de sítio.
Durante o ato, Bolsonaro expressou gratidão aos apoiadores, pediu que “caprichem” nos votos para as eleições municipais, especialmente para vereadores, e falou sobre as eleições presidenciais de 2026, enfatizando a importância de um líder com “Deus no coração” e respeito à família.
O evento na Avenida Paulista reuniu manifestantes vestidos de verde e amarelo, contando com reforço na segurança e a presença de aproximadamente 2.000 agentes policiais, drones e câmeras para monitoramento.