21 de dezembro de 2024 22:23
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A influência iraniana na região não se limita à Venezuela. No ano passado, o presidente iraniano Ebrahim Raisi, visitou Cuba e Nicarágua para fortalecer os laços do Irã com seus aliados na região.

A influência iraniana na região não se limita à Venezuela. No ano passado, o presidente iraniano Ebrahim Raisi, visitou Cuba e Nicarágua para fortalecer os laços do Irã com seus aliados na região.

Desde a ascensão de Hugo Chávez ao poder na Venezuela em 1999, a influência do Irã na América Latina cresceu exponencialmente. Atualmente, é um estreito aliado, tanto do regime socialista chavista na Venezuela, quanto a atual ditadura socialista instalada na Nicarágua, em Cuba e sendo implementada Bolívia.

Nesta última quarta-feira (06/03), o Exército de Israel divulgou um relatório detalhando os laços entre Teerã e esses governos de esquerda na América Latina. O relatório levanta questões intrigantes, como “Por que armas iranianas estão sendo exibidas em desfiles militares na América Latina?” e “Por que o regime iraniano estaria interessado em um país tão distante?”

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam dois interesses da República Islâmica em aumentar sua presença em um país como a Venezuela: sua proximidade com os Estados Unidos e as oportunidades financeiras do tráfico de drogas que atua na América do Sul.

Ambos os regimes, conhecidos por suas violações dos direitos humanos, foram alvos de dezenas de sanções internacionais. No entanto, Teerã e Caracas estabeleceram uma rede complexa para contornar essas medidas. Em junho de 2022, os governos da Venezuela e do Irã, através de Nicolás Maduro e Ebrahim Raisi, assinaram um acordo de parceria de 20 anos para promover a cooperação entre os dois países.

Israel destaca a profunda inimizade do Irã com os Estados Unidos como um fator-chave na busca pela Venezuela como parceiro estratégico. Entre os anos de 2000 e 2012, dezenas de visitas diplomáticas resultaram em centenas de acordos nas áreas de energia, turismo, agricultura, engenharia e defesa, entre outros.

Em 2012, os investimentos e empréstimos do Irã na Venezuela foram avaliados em US$ 15 bilhões. Naquela época, o regime de Teerã enviava petróleo e gás à Caracas, capital da Venezuela, além de recursos civis como carros e infraestrutura militar como drones.

Nos anos seguintes, essa parceria estratégica continuou a crescer. Após a assinatura do acordo no ano passado entre Maduro e Raisi, o comércio bilateral saltou de US$ 3 bilhões para US$ 20 bilhões.

O Exército de Israel enfatiza que a Venezuela se tornou uma base de operações crucial para o Irã na América do Sul. O relatório destaca a presença de armamento iraniano em desfiles militares venezuelanos e a presença de navios iranianos Zolfaghar armados com mísseis anti-navio ao largo das costas venezuelanas.

Além disso, Israel alerta para o envio de agentes da Guarda Revolucionária Iraniana e terroristas do Hezbollah para a América Latina, visando oportunidades financeiras no exterior para financiar atividades terroristas globais.

A influência iraniana na região não se limita à Venezuela. No ano passado, o presidente iraniano Ebrahim Raisi, visitou Cuba e Nicarágua para fortalecer os laços do Irã com seus aliados latino-americanos.

A recente assinatura de um acordo militar entre Irã e Bolívia, também levanta preocupações na região. Esse pacto inclui cooperação estratégica em áreas como saúde, educação e telecomunicações, além da transferência de aeronaves não tripuladas para vigilância de fronteiras.

As relações estreitas entre o Movimento ao Socialismo boliviano e o regime iraniano remontam ao primeiro mandato de Evo Morales em 2006, solidificando uma amizade que perdura até os dias atuais.

Fonte: Revista Exílio – Terça Livre.

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