Desde que Trump começou seus ataques, a avaliação de mercado da Meta caiu em mais de US$ 60 bilhões. Isso preocupa investidores diante da postura de censuras da plataforma nas eleições deste ano.
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato do partido Republicano, voltou suas críticas contra ao Facebook, chamando-o de “inimigo do povo”, o que desencadeou uma queda nas ações da Meta Platforms, proprietária da rede social, e preocupou investidores em Wall Street.
As ações da Meta caíram aproximadamente 4% nesta segunda-feira (11/03), após Trump afirmar, em entrevista à CNBC, que o Facebook era um “inimigo do povo”. Essa declaração ocorreu após uma postagem de Trump no Truth Social, onde ele criticou o Facebook como um “verdadeiro inimigo do povo!”.
Desde que Trump começou seus ataques na noite de quinta-feira (07/03), a avaliação de mercado da Meta caiu em mais de US$ 60 bilhões. Trump segue as frentes das intenções de voto e analistas dizem que isso pode refletir no futuro da plataforma caso Trump vença as eleições de novembro.
“Acho que o Facebook tem sido muito desonesto. Acho que o Facebook tem sido muito ruim para o nosso país, especialmente quando se trata de eleições”, afirmou Trump à CNBC na manhã da última segunda-feira.
A Meta Platforms, por sua vez, restabeleceu as contas de Trump no Facebook e no Instagram apenas em fevereiro de 2023, após impor uma proibição de dois anos ao ex-presidente devido aos eventos do dia 06 de janeiro de 2021 no Capitólio.
Os comentários de Trump levantaram preocupações entre os investidores sobre o Facebook se tornar um alvo político novamente. Analistas destacam que um possível retorno de Trump à presidência poderia complicar a situação da Meta, dificultando suas aquisições futuras e limitando sua competitividade dentro dos EUA.
Ainda, os órgãos reguladores dos EUA recentemente deram sinal verde para uma fusão controversa entre o Truth Social, empresa de mídia social de Trump, e uma empresa de cheque em branco, o que poderia resultar em uma nova empresa de capital aberto com valor bilionário.
Enquanto isso, o Congresso dos EUA está prestes a votar um projeto de lei que daria ao TikTok cerca de cinco meses para se separar de sua “empresa-mãe” ligada à China, sob risco de ser banido dos Estados Unidos. O presidente Joe Biden, atual presidente dos EUA, indicou que assinará o projeto se aprovado pelo Congresso.