As prioridades de Milei em seus primeiros meses no cargo tem sido desafiar o que ele chama de “hegemonia cultural” da esquerda, especialmente representada pelo kirchnerismo.
O presidente da Argentina, Javier Milei, chega aos seus 100 dias de mandato com um compromisso firme de enfrentar os desafios econômicos do país, priorizando a redução da inflação, que atualmente é a mais alta do mundo.
Apelidado por alguns como “anarco-capitalista”, Milei também está empenhado em realizar uma profunda reforma política, visando diminuir o tamanho do Estado. Para isso, ele reduziu pela metade o número de ministérios e secretarias.
No entanto, o presidente argentino ressalta que a verdadeira origem dos problemas do país reside em questões morais. Em uma de suas muitas postagens nas redes sociais, Milei argumentou que a “decadência” da Argentina teve início há um século, quando o país abandonou o modelo capitalista em favor das ideias coletivistas do socialismo.
O presidente enfatiza que a influência do socialismo na Argentina foi impulsionada por métodos educacionais, culturais e midiáticos, conforme preconizado por figuras como Antonio Gramsci, filósofo marxista italiano.
Assim, uma das prioridades de Milei em seus primeiros meses no cargo tem sido desafiar o que ele chama de “hegemonia cultural” da esquerda, especialmente representada pelo kirchnerismo, movimento político peronista que dominou a Argentina no século 21.
No entanto, Milei não limita suas preocupações apenas à Argentina. Ele compartilha a visão de outras figuras da chamada “nova direita”, como Jair Bolsonaro e Donald Trump, de que as organizações socialistas representam uma ameaça ao mundo livre.
Em seu discurso inaugural no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o presidente argentino alertou para os perigos do socialismo, que ele acredita conduzir inexoravelmente à pobreza.
Apesar dos enormes desafios econômicos e políticos que enfrenta, com uma minoria no Congresso e sem governadores de seu partido, Milei tem dedicado grande parte de sua atenção nos primeiros dias de mandato ao combate contra as ideologias de esquerda, destacando a importância da batalha cultural para reorganizar o futuro do país.