Parlamentares norte-americanos querem evitar que Biden corte ajuda militar a Israel no combate ao grupo terrorista Hamas em Gaza.
Em meio a intensos debates no Congresso dos Estados Unidos, um projeto de lei relacionado à assistência militar a Israel tem causado agitação política. A proposta, que está sendo discutida esta semana na Câmara, busca impedir a administração de reter, cancelar, interromper ou reverter a ajuda ou serviços militares dos EUA a Israel. No entanto, sua passagem enfrenta resistência tanto da Casa Branca quanto de líderes da oposição.
O projeto de lei, se aprovado, terá impactos significativos na política externa dos Estados Unidos, restringindo a capacidade do presidente Biden de executar uma política externa eficaz, conforme apontado em comunicado oficial da Casa Branca. Além disso, a proposta levanta questões sobre a autoridade do presidente como comandante-em-chefe, em conformidade com o Artigo II da Constituição.
A Casa Branca classificou o projeto como uma reação equivocada a uma distorção deliberada da abordagem da administração em relação a Israel, alertando para as possíveis consequências não intencionais que poderiam surgir. Enquanto isso, membros do Congresso expressaram opiniões divergentes, destacando uma divisão partidária sobre o assunto.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, rejeitou as críticas da Casa Branca, argumentando que a proposta é uma resposta necessária diante da atual situação. Ele afirmou que a retórica de Biden em favor da eliminação da violência não está sendo seguida na prática, acusando-o de voltar as costas para Israel.
Por outro lado, representantes democratas, como Dan Goldman e Greg Landsman, expressaram preocupações com a polarização política em torno do projeto de lei. Enquanto Goldman criticou os republicanos por usarem Israel como uma ferramenta política, Landsman destacou a importância de buscar uma solução que obtenha apoio bipartidário.
No entanto, apesar das discussões na Câmara, o destino do projeto de lei permanece incerto, pois enfrentará obstáculos significativos no Senado. O líder da maioria, Chuck Schumer, observou a oposição da Casa Branca à medida, levantando dúvidas sobre a possibilidade de avanço legislativo.
Enquanto isso, o debate sobre a assistência militar a Israel continua a polarizar o cenário político nos Estados Unidos, com repercussões que podem se estender além das fronteiras do país. O presidente Biden, em entrevista recente, reafirmou o compromisso dos EUA em fornecer armas de defesa a Israel, mas destacou a importância de uma abordagem cuidadosa em meio às tensões na região.