O Exército Brasileiro reforçou o monitoramento na fronteira com a Venezuela, em Roraima, às vésperas da eleição no país vizinho, marcada para domingo (28).
Neste momento, a avaliação dos militares é de que o cenário é de “normalidade considerado o contexto político venezuelano”. Contudo, as atenções estão voltadas para uma eventual mudança a partir da divulgação dos resultados.
Diante de um eventual aumento de tensão, as tropas estarão prontas para agir, disseram integrantes da Força à CNN.
Uma das possibilidades avaliadas pelo Exército Brasileiro é que, a depender do desfecho do processo eleitoral, possa haver uma mudança no fluxo migratório em Pacaraima, principal entrada para venezuelanos. Atualmente, por dia, de 300 a 500 pessoas entram no estado brasileiro.
A oposição venezuelana tem afirmando que deixará o país caso Maduro seja eleito para um terceiro mandato de seis anos.
No fim do ano passado, o Exército aumentou o contingente na fronteira e enviou blindados para Roraima, diante da tensão entre a Venezuela e a Guiana na disputa pelo território de Essequibo, região rica em reservas de petróleo e gás.
Com a crise entre Venezuela e Guiana, o Exército reforçou o efetivo na região de fronteira com o aumento de 10% das tropas no Comando Militar do Norte e no Comando Militar da Amazônia, que passará de 27 mil para 30 mil militares.
Na ocasião, o Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima, em Roraima, passou de 70 homens para 130 homens.
Além disso, a Força enviou 28 blindados e mais de cem viaturas para Roraima, além de equipamentos e armamentos.