A história se repete #2: Assim como fez Moraes no Brasil, Maduro prende manifestantes acusados de atentado ao “estado democrático de direito”
Maduro afirmou que mais de duas mil pessoas foram presas durante os protestos contra o resultado das eleições, acusando-as de “terrorismo e de atentar contra o estado democrático de direito”.
Durante um discurso neste sábado (03/08), o ditador Nicolás Maduro condenou as manifestações contra o resultado das eleições na Venezuela, acusando os opositores e manifestantes de atentarem contra o estado democrático de direito.
Maduro acusou os Estados Unidos e líderes da direita internacional, como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o argentino Javier Milei, de estarem envolvidos em um suposto complô para derrubá-lo. O líder venezuelano ameaçou iniciar uma nova fase da revolução bolivariana, prometendo novas ações dentro do território venezuelano.
Em seu pronunciamento aos apoiadores chavistas no Palácio de Miraflores, Maduro afirmou que mais de duas mil pessoas foram presas durante os protestos contra o resultado das eleições presidenciais, acusando-as de atentar contra a democracia. “Temos duas mil pessoas capturadas e elas vão para [as prisões de] Tocorón e Tocuyito, com máximo castigo. Justiça!”, declarou Maduro aos seus seguidores.
As prisões de Tocorón e Tocuyito, situadas no centro do país, são conhecidas por sua segurança máxima. Maduro classificou os detidos como “terroristas que estão atentando contra o governo e a democracia”.
Desde a última segunda-feira (29/07), quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como vencedor das eleições sem apresentar provas, cerca de 400 pessoas têm sido presas diariamente. A população tem saído às ruas para protestar contra as fraudes nos resultados eleitorais e acusam o regime chavista de manipulação do resultado.