Visivelmente indignada, Maria Corina Machado, classificou a ideia de Lula de novas eleições na Venezuela como “uma falta de respeito” com os eleitores venezuelanos.
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, criticou duramente no dia de ontem, quinta-feira (15/08) a sugestão de Lula de realizar uma nova eleição presidencial na Venezuela. A proposta envolve um novo pleito entre o atual presidente Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia, principal adversário e representante da oposição.
Corina Machado, visivelmente indignada, classificou a ideia como “uma falta de respeito” com os eleitores venezuelanos. “Não reconhecer o que ocorreu em 28 de julho é desrespeitar aqueles que, com coragem, exerceram sua soberania”, declarou a líder oposicionista.
Ela questionou a validade de repetir as eleições: “Vamos para uma segunda eleição e, se o resultado não agradar, faremos uma terceira? Uma quarta? Até que Maduro esteja satisfeito com o desfecho? Isso seria aceitável em qualquer outro país?” disse a jornalistas.
Conforme divulgado pelos jornais, o governo brasileiro considera sugerir uma nova eleição como uma solução para o impasse em torno dos resultados do pleito de 28 de julho. A proposta, apresentada informalmente pelo assessor especial Celso Amorim ao presidente Lula, visa a realização de uma espécie de segundo turno entre Maduro e González. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo governo chavista, havia confirmado a vitória de Maduro, mas a oposição alega que o processo foi fraudulento e reivindica a vitória.
O presidente Lula afirmou na última quinta-feira (15/08) que “ainda não reconhece” a vitória de Maduro e que o líder venezuelano “deve explicações à sociedade brasileira e à comunidade internacional”. Segundo Lula, ele está em diálogo com o México e a Colômbia em busca de “uma solução” para a crise.
Entretanto, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, suspendeu as discussões com o Brasil e a Colômbia sobre o processo eleitoral venezuelano, sem notificar previamente o governo brasileiro sobre essa decisão.
Com Informaçõesda Revista Exilio.