RS volta a enfrentar tragédia: 5 mortes em junho

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Temporais castigam estado 13 meses após maior catástrofe

O Rio Grande do Sul enfrenta novamente o drama das chuvas intensas. Apenas 13 meses após a maior catástrofe socioambiental de sua história, o estado gaúcho contabiliza cinco mortes provocadas pelos temporais de junho de 2025. A mais recente vítima, um homem de 71 anos, foi encontrada sem vida em um córrego no município de Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, segundo confirmou a Defesa Civil Estadual nesta quarta-feira (25).

O laudo pericial apontou afogamento como causa provável da morte do idoso, elevando para cinco o número de óbitos registrados no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Os dados oficiais revelam ainda uma pessoa desaparecida e 1.246 famílias desabrigadas em todo o território gaúcho, que precisaram abandonar suas residências devido a enchentes, deslizamentos de terra ou risco estrutural em suas moradias.

A extensão do impacto das chuvas atuais impressiona: até o momento, 155 municípios gaúchos já notificaram algum tipo de dano ou ocorrência relacionada ao mau tempo. Segundo boletim recente, 1.914 pessoas estão em abrigos e 6.058 desalojadas, demonstrando a gravidade da situação que assola o estado pela segunda vez em pouco mais de um ano.

Rios em estado crítico demandam monitoramento constante

O monitoramento hidrológico mantém as autoridades em alerta máximo. Em Porto Alegre, o nível do Guaíba permanece acima da cota de alerta tanto na Usina do Gasômetro quanto no Cais Mauá, cenário que remete aos momentos mais críticos das enchentes históricas de 2024. O Rio Gravataí, em Gravataí, também mantém níveis preocupantes.

Há sinais de melhora pontual: o Rio Caí, em São Sebastião do Caí, apresentou leve recuo e voltou à cota de atenção. Contudo, a situação do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, permanece alarmante, com níveis acima da cota de inundação, exigindo monitoramento constante das equipes técnicas.

Contexto histórico agrava preocupação

A atual situação ganha contornos ainda mais dramáticos quando comparada à tragédia de 2024. As enchentes do ano passado resultaram em 184 mortes confirmadas, 806 feridos e 25 pessoas ainda consideradas desaparecidas. O evento fez o nível do lago Guaíba atingir o máximo histórico de 5,37m em Porto Alegre, superando em mais de 60cm o recorde anterior de 1941.

A magnitude da catástrofe anterior foi sem precedentes: cerca de 2,4 milhões de pessoas foram afetadas pelos efeitos das chuvas, transformando-se na maior crise socioambiental da história do estado. Quase 200 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas, deflagrando uma verdadeira operação de guerra para atendimento às vítimas.

Diferenças entre os eventos climáticos

Embora as chuvas de junho de 2025 tenham causado impactos significativos, especialistas observam diferenças importantes em relação ao evento de 2024. Os dados mostram que, embora junho de 2025 tenha registrado volumes elevados de chuva com precipitação acima da média histórica para o mês, a quantidade de água ainda foi bem inferior à de maio de 2024.

Essa comparação oferece algum alívio, mas não diminui a necessidade de vigilância constante. As autoridades meteorológicas destacam que os padrões climáticos extremos podem se tornar mais frequentes, exigindo preparação permanente do estado para enfrentar situações similares.

Resposta das autoridades e mobilização

Diante do cenário crítico, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul mantém o estado em alerta máximo. As equipes permanecem mobilizadas 24 horas por dia para prestar apoio às populações atingidas e monitorar rigorosamente os indicadores hidrológicos nas regiões mais afetadas.

A experiência adquirida durante a catástrofe de 2024 tem sido fundamental para otimizar a resposta emergencial. Os protocolos de evacuação foram aprimorados, os sistemas de alerta foram modernizados e a coordenação entre diferentes esferas governamentais foi fortalecida.

Lições aprendidas e preparação futura

A recorrência de eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul evidencia a necessidade de políticas públicas mais robustas para enfrentamento de desastres naturais. Estudos apontam que as enchentes de 2024 foram o maior desastre natural da história do RS e sugerem caminhos para o futuro com eventos extremos mais frequentes.

Investimentos em infraestrutura de drenagem, sistemas de alerta precoce e planos de contingência tornam-se cada vez mais urgentes. A população, por sua vez, demonstra maior consciência sobre os riscos e tem respondido de forma mais organizada aos alertas das autoridades.

Perspectivas e monitoramento contínuo

Com o estado mantendo-se em alerta, as próximas horas serão decisivas para avaliar a evolução do quadro climático. As equipes técnicas acompanham constantemente a previsão meteorológica e os níveis dos rios, prontas para acionar novos protocolos de emergência caso necessário.

A solidariedade da população gaúcha, mais uma vez, se manifesta através de doações e trabalho voluntário, demonstrando a força de um povo que aprende a conviver com os desafios impostos pelas mudanças climáticas, sem perder a esperança na reconstrução e no futuro.

Descrição para redes sociais: Rio Grande do Sul enfrenta nova tragédia climática com 5 mortes confirmadas pelas chuvas de junho. Mais de 1.200 famílias desabrigadas e 155 municípios afetados. Estado mantém alerta máximo 13 meses após maior catástrofe da história gaúcha. #ChuvasRS #DefesaCivil


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Fonte: Informações baseadas em dados da Defesa Civil Estadual do Rio Grande do Sul, Jornal O Republicano, Brasil de Fato, Agência Brasil e sistema S2iD.

Da Redação.

Jornalista


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