GRNOTICIAS

Lula Perde Força Global e Popularidade no Brasil

junho 30, 2025 | by Ronaldo dos Reis

big-b7b1e4052bdf122b215fa96c2a1b76debcbb159b64cf895b2b47cc0cb44c0ded2d93e4e33c243476dbcd825176c5c79e2cd3126ba818dda340d1d428d33a945d1751277889

Críticas da Economist apontam isolamento internacional e desafios domésticos

A revista britânica The Economist publicou, em 29 de junho de 2025, um artigo contundente sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que ele “perdeu a influência no exterior” e enfrenta crescente impopularidade no Brasil. O texto, exclusivo para assinantes, analisa a condução da política externa brasileira e os desafios internos do governo petista, destacando decisões que, segundo a publicação, isolaram o país no cenário global e enfraqueceram a liderança de Lula em casa. Abaixo, exploramos os principais pontos levantados pela revista, com um olhar crítico e imparcial sobre o momento político do Brasil.

Política Externa: Isolamento e Escolhas Controversas

A Economist critica a postura do Brasil em relação à guerra entre Israel e Irã, apontando que o país se afastou das democracias ocidentais ao adotar uma “linguagem agressiva”. Em 22 de junho de 2025, o Itamaraty condenou os ataques dos Estados Unidos ao Irã, classificando-os como uma “violação de soberania”. Para a revista, essa posição alinha o Brasil a nações como o Irã, que integra o Brics desde 2024, e reforça a percepção de hostilidade ao Ocidente. A cúpula do Brics, marcada para 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, sob a presidência de Lula, deve intensificar essa aproximação, com a presença de uma delegação iraniana.

O artigo também destaca a ausência de esforços de Lula para fortalecer laços com os Estados Unidos desde a posse de Donald Trump, em janeiro de 2025. Em vez disso, o presidente brasileiro priorizou a China, com dois encontros com Xi Jinping no último ano. A revista cita ainda a participação de Lula, em maio de 2025, nas comemorações em Moscou pelo fim da Segunda Guerra Mundial, onde tentou, sem sucesso, posicionar o Brasil como mediador na guerra da Ucrânia. A Economist considera essa postura “pouco pragmática”, especialmente por Lula não dialogar com o presidente argentino Javier Milei, devido a diferenças ideológicas, e por manter proximidade com Nicolás Maduro, da Venezuela, apesar de críticas à sua ditadura.

Queda de Popularidade no Brasil

No cenário doméstico, a Economist aponta uma erosão significativa na popularidade de Lula. Segundo pesquisa do PoderData, realizada entre 31 de maio e 2 de junho de 2025, 56% dos brasileiros desaprovam o governo, contra 39% no início do mandato, em 2023. A revista atribui essa queda a uma guinada à direita no Brasil, impulsionada pelo crescimento do cristianismo evangélico, do emprego na agricultura e na economia informal, e pela associação do Partido dos Trabalhadores (PT) a escândalos de corrupção, como o que levou Lula à prisão por mais de um ano – embora sua condenação tenha sido anulada.

A Economist observa que a base tradicional do PT – sindicatos, católicos progressistas e beneficiários de programas sociais – perdeu força em um país que mudou seu perfil sociopolítico. A direita, segundo a revista, também adotou políticas assistencialistas, competindo diretamente com o PT no apelo às classes mais pobres.

Eleições de 2026 e Relações com os EUA

Olhando para o futuro, a Economist prevê que, se a direita brasileira se unir em torno de um candidato em 2026, poderá conquistar a Presidência. A revista sugere uma proximidade ideológica entre a direita brasileira e o movimento Make America Great Again (Maga), de Donald Trump, embora o presidente americano tenha dado pouca atenção ao Brasil. O superávit comercial brasileiro com os EUA, de US$ 30 bilhões anuais, é visto como um fator que agrada Trump, mas a relevância geopolítica do Brasil é considerada limitada em questões globais, como as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.

A publicação conclui que Lula deveria focar em questões regionais, como a liderança na América Latina contra as políticas de deportação de migrantes e a guerra tarifária de Trump, em vez de buscar protagonismo em conflitos distantes.

Contexto e Implicações

O artigo da Economist reflete uma visão crítica sobre a condução do terceiro mandato de Lula, tanto no âmbito internacional quanto doméstico. A escolha por alinhamentos com países como China, Irã e Venezuela, segundo a revista, compromete a imagem do Brasil como um ator neutro e influente no cenário global. Internamente, a perda de apoio popular e a ascensão de uma direita mais organizada representam desafios significativos para o PT.


O que você acha da análise da Economist sobre o governo Lula? Compartilhe sua opinião nos comentários e engaje na discussão sobre o futuro político do Brasil!

Fonte: Poder360, com base no artigo da The Economist publicado em 29 de junho de 2025.

Da Redação.

RELATED POSTS

View all

view all

Descubra mais sobre GRNOTICIAS

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading