Inflação sobe 0,24% em junho com pressão da energia elétrica

IPCA acumula alta de 5,35% em 12 meses, acima do previsto
Matéria Completa: IPCA sobe 0,24% em junho, pressionado por alta na energia elétrica
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal termômetro da inflação no Brasil, registrou alta de 0,24% em junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou ligeiramente abaixo do registrado em maio (0,26%), mas ainda assim reflete pressões em setores essenciais, como energia elétrica.
No acumulado do ano, a inflação já chega a 2,99%, e, nos últimos 12 meses, o índice atingiu 5,35%, superando os 5,32% do período anterior. Em junho de 2024, a variação havia sido de 0,21%, indicando uma aceleração moderada nos preços ao consumidor.
Energia elétrica puxa alta da inflação
O grupo de Habitação foi o que mais contribuiu para a inflação em junho, com alta de 1,03%, impulsionado principalmente pelo reajuste nas tarifas de energia elétrica (2,48%). Esse aumento reflete os ajustes nas bandeiras tarifárias e os custos de transmissão, que impactam diretamente o orçamento das famílias.
Além da energia, outros itens que pressionaram o IPCA foram:
Transportes (+0,19%): Apesar da queda no preço da gasolina (-0,71%), os serviços de transporte por aplicativo e fretes tiveram alta.
Alimentação e bebidas (+0,17%): Carnes, leites e derivados subiram, enquanto frutas e verduras ficaram mais baratas.
Saúde e cuidados pessoais (+0,35%): Planos de saúde e medicamentos continuam com reajustes significativos.
Por outro lado, alguns setores apresentaram deflação (queda de preços), como:
- Vestuário (-0,44%)
- Comunicação (-0,10%)
Impacto no bolso do brasileiro
Apesar da aparente desaceleração mensal, a inflação acumulada em 12 meses continua acima do centro da meta do Banco Central (3%), que tem como teto 4,5%. Isso significa que os preços seguem em trajetória de alta, corroendo o poder de compra da população, especialmente das famílias de baixa renda, mais afetadas por aumentos em itens essenciais como energia e alimentação.
Economistas alertam que, mesmo com a queda na taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 10,50% ao ano, a inflação ainda não está totalmente controlada. O Banco Central deve manter cautela nos próximos cortes para evitar pressões inflacionárias futuras.
Perspectivas para o segundo semestre
Analistas projetam que a inflação pode ficar mais estável nos próximos meses, mas ainda sujeita a riscos, como:
- Aumento nos preços de commodities (petróleo, alimentos) devido a tensões geopolíticas.
- Possíveis choques climáticos que afetem a produção agrícola.
- Reajustes em serviços, que têm alta inercial.
Se a inflação persistir acima da meta, o BC pode interromper o ciclo de cortes de juros, o que afetaria crédito e investimentos.
Conclusão: O que esperar?
O IPCA de junho reforça que a inflação no Brasil ainda não está totalmente domada. Embora o ritmo tenha desacelerado, setores como energia e alimentação seguem pressionando os preços. O desafio do governo e do Banco Central será equilibrar o controle inflacionário com o estímulo ao crescimento econômico.
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Fonte da matéria: Agência Brasil, IBGE.
Da Redação.
Jornalista
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