Salários na Argentina crescem sob Milei

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Renda dos trabalhadores avança, diz Indec

No primeiro ano do governo de Javier Milei, a Argentina testemunha uma recuperação significativa na renda dos trabalhadores, conforme apontam dados recentes do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Em 2024, os salários registraram um aumento médio de 145,5%, superando a inflação acumulada de 117,8% no mesmo período. Esse crescimento marca a primeira vez em anos que os trabalhadores argentinos experimentam um aumento real no poder de compra, segundo o relatório do Indec. A participação dos salários no Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 49,1% no primeiro trimestre de 2024, um salto de cinco pontos percentuais em relação aos 44,1% do último trimestre de 2023, enquanto os lucros corporativos recuaram, sinalizando um reequilíbrio na distribuição de renda.

A recuperação dos salários reais

O avanço salarial foi mais expressivo no setor privado formal, com um aumento de 147,5%, seguido pelo setor informal, que registrou um impressionante crescimento de 196,7%. No setor público, o incremento foi de 119,3%, ainda acima da inflação. Esses números refletem uma mudança significativa na dinâmica econômica do país, que enfrentou décadas de crises inflacionárias e políticas intervencionistas. A redução da inflação, que caiu de 211,4% em 2023 para 117,8% em 2024, permitiu que os ajustes salariais superassem a alta dos preços, devolvendo poder aquisitivo à população. Analistas da Michael Page destacam que a projeção de inflação decrescente para 2025 pode impulsionar ainda mais a recomposição salarial, estimulando o mercado de trabalho.

Reformas econômicas de Milei

Desde que assumiu a presidência em dezembro de 2023, Javier Milei implementou uma agenda de austeridade e liberalização econômica, rompendo com o modelo peronista anterior. Medidas como a redução de subsídios, corte de gastos públicos e desvalorização do peso foram adotadas para estabilizar a economia. Apesar de inicialmente provocarem uma contração econômica de 1,7% no PIB em 2024, essas políticas contribuíram para a queda da inflação e o aumento do superávit fiscal, registrado pela primeira vez em mais de uma década. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elogiou as reformas, apontando que elas tornaram o ambiente de negócios mais competitivo, com projeções de crescimento do PIB de 5,2% em 2025.

Impactos sociais e desafios

Embora os números sejam animadores, a recuperação econômica enfrenta desafios. A pobreza, que atingiu 52,9% no primeiro semestre de 2024, caiu para 38,1% no final do ano, segundo o Indec. No entanto, críticos, como o economista Julio Gambina, alertam que os cortes de gastos públicos e a precarização do trabalho informal ainda afetam amplos setores da população. A redução de subsídios elevou os custos de serviços básicos, como energia e transporte, impactando o orçamento das famílias. Além disso, o desemprego, embora tenha caído de 7,7% para 6,4% em 2024, permanece um obstáculo, especialmente para trabalhadores informais, que representam mais de 50% da força de trabalho.

Perspectivas para o futuro

A retomada do emprego formal e o crescimento salarial são vistos como sinais de estabilização econômica. Setores como construção e indústria começaram a se recuperar, com aumentos de 6,9% e 13,6%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2024. O governo Milei também atraiu investimentos internacionais, com acordos de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros US$ 22 bilhões de bancos multilaterais. Contudo, especialistas recomendam cautela, destacando que os efeitos de longo prazo das reformas ainda dependem de uma maior geração de empregos de qualidade e da redução das desigualdades estruturais.

Conclusão

Os dados do Indec sugerem que a Argentina está em um momento de transição econômica. O crescimento dos salários reais e a queda da inflação são conquistas notáveis no primeiro ano de Milei, mas os desafios sociais, como a pobreza crônica e a informalidade, exigem atenção contínua. A continuidade das reformas e a capacidade de equilibrar crescimento econômico com inclusão social serão cruciais para consolidar esses avanços.


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Fonte: Hora Brasilia.

Da Redação.

Jornalista


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