Governo Lula retira Brasil de aliança em memória do Holocausto

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Itamaraty Silencia sobre Motivos da Saída da IHRA, uma vergonha internacional

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), onde o país atuava como membro observador desde 2021. A decisão, confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel na quinta-feira (24/7), intensifica as tensões diplomáticas entre Brasília e Tel Aviv, marcadas por desentendimentos desde o início da guerra na Faixa de Gaza. O Itamaraty, no entanto, não divulgou os motivos para a saída, gerando especulações sobre as intenções do governo brasileiro.

Contexto da Decisão

A IHRA, criada na década de 1990, é uma organização intergovernamental dedicada a preservar a memória do Holocausto, combater o antissemitismo e promover a educação sobre o genocídio de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O Brasil, ao ingressar como observador em 2021, comprometeu-se a apoiar esses objetivos. A saída, portanto, levanta questionamentos sobre a política externa brasileira em relação a questões de direitos humanos e memória histórica.

Fontes diplomáticas israelenses, sob anonimato, confirmaram ao Metrópoles que o Itamaraty informou a embaixada de Israel em Brasília sobre o processo, mas sem justificar a decisão. O Ministério das Relações Exteriores brasileiro, procurado pela imprensa, ainda não se pronunciou oficialmente, mantendo o silêncio sobre o tema.

Tensão Diplomática com Israel

A relação entre Brasil e Israel enfrenta um dos momentos mais delicados desde o início do terceiro mandato de Lula, em 2023. A guerra na Faixa de Gaza, que já resultou em mais de 50 mil mortes, segundo estimativas, tem sido o principal ponto de atrito. O governo brasileiro adotou uma postura crítica às ações militares de Israel, enquanto o governo israelense acusa o Brasil de alinhamento com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel e outros países.

O ápice da crise ocorreu em fevereiro de 2024, quando Lula comparou as operações israelenses em Gaza ao Holocausto. A declaração gerou forte reação em Israel, culminando na declaração de Lula como persona non grata no país. Em retaliação, o Brasil retirou seu embaixador de Tel Aviv, reduzindo o nível de representação diplomática. Além disso, a aprovação do embaixador israelense Gali Dagan, indicado para liderar a missão em Brasília, segue pendente, alimentando temores de um vácuo diplomático.

Ação Judicial na Corte Internacional de Justiça

Na quarta-feira (23/7), o Brasil intensificou o distanciamento ao oficializar sua adesão a um processo judicial na Corte Internacional de Justiça (CIJ), iniciado pela África do Sul em 2013. A ação acusa Israel de cometer genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já havia sinalizado o interesse do Brasil em participar do caso, reforçando a postura crítica do governo Lula.

A decisão de apoiar a ação judicial foi interpretada por Israel como mais um sinal de hostilidade. A chancelaria israelense criticou o Brasil, alegando que a saída da IHRA e o apoio à ação sul-africana refletem uma política externa enviesada. Analistas apontam que a postura brasileira pode ter impactos em longo prazo nas relações bilaterais, especialmente em áreas como comércio e cooperação tecnológica.

Implicações da Saída da IHRA

A retirada do Brasil da IHRA levanta preocupações sobre o compromisso do país com o combate ao antissemitismo e a preservação da memória do Holocausto. Organizações judaicas no Brasil e no exterior expressaram inquietação, argumentando que a decisão pode ser interpretada como um enfraquecimento do diálogo inter-religioso e da luta contra o preconceito. Por outro lado, setores alinhados ao governo brasileiro defendem que a saída reflete uma reorientação da política externa, priorizando a soberania e a solidariedade com causas humanitárias no contexto do conflito em Gaza.

O silêncio do Itamaraty sobre os motivos da saída alimenta especulações. Alguns analistas sugerem que a decisão pode estar ligada a pressões internas de movimentos pró-Palestina, enquanto outros apontam para um alinhamento estratégico com países do Sul Global, que têm criticado Israel na arena internacional.

Reações e Próximos Passos

A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos da decisão. A saída do Brasil da IHRA, somada ao apoio à ação na CIJ, pode isolar o país em fóruns multilaterais onde a memória do Holocausto é um tema central. Além disso, a deterioração das relações com Israel pode impactar acordos comerciais e parcerias estratégicas.

O Itamaraty foi novamente procurado para esclarecimentos, mas até o momento não houve resposta. O espaço para manifestações segue aberto, e a sociedade brasileira aguarda explicações sobre os rumos da política externa do governo Lula.


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Fonte: Metrópoles.

Da Redação.

Jornalista


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