Megaterremoto de 8.8 sacode Rússia e gera alerta no Pacífico

Tsunami ameaça do Japão ao Chile após maior tremor em 70 anos
Um terremoto de magnitude 8.8 atingiu a Península de Kamchatka, no Extremo Oriente da Rússia, na madrugada desta quarta-feira (30 de julho de 2025), desencadeando alertas de tsunami em diversos países banhados pelo Oceano Pacífico. Considerado o mais forte na região desde 1952, o sismo causou destruição, evacuações em massa e colocou nações como Japão, Estados Unidos, México, Chile, Colômbia e Equador em estado de alerta. Ondas de até 4 metros já foram registradas, e autoridades monitoram o risco de novos tremores e tsunamis.
O que aconteceu?
O epicentro do terremoto foi localizado a cerca de 150 km a leste de Petropavlovsk-Kamchatsky, principal cidade da Península de Kamchatka, a uma profundidade de 32 km, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Inicialmente estimado em 7.1, o tremor foi revisado para 8.8, classificando-o como um “megaterremoto” de alto potencial destrutivo. O Serviço Geofísico da Academia Russa de Ciências descreveu o evento como “extraordinário”, o mais intenso em mais de sete décadas na região.
A Península de Kamchatka, situada no Círculo de Fogo do Pacífico, é conhecida por sua intensa atividade sísmica devido ao encontro das placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte. A profundidade rasa do tremor amplificou seus efeitos, aumentando o risco de tsunamis. Pelo menos 30 réplicas, com magnitudes entre 2 e 5, foram registradas, e as autoridades preveem tremores secundários de até 7.5 nas próximas semanas.
Impactos na Rússia
Em Kamchatka, a cidade de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, foi severamente afetada. Ondas de tsunami de até 4 metros inundaram o porto, danificando estruturas e embarcações. O governo regional declarou estado de emergência no distrito, evacuando cerca de 2.700 moradores para áreas seguras. Em Petropavlovsk-Kamchatsky, com 165 mil habitantes, danos materiais foram reportados, incluindo estragos em um jardim de infância e em um aeroporto local, onde algumas pessoas sofreram ferimentos leves.
O governador Vladimir Solodov destacou a gravidade do evento: “Este é o terremoto mais forte em décadas. Estamos mobilizando todos os recursos para garantir a segurança da população.” A agência estatal russa Tass confirmou que, apesar dos danos, não há relatos de vítimas fatais até o momento, e o Ministério da Saúde local informou que os feridos estão em condição estável.
Alerta de tsunami no Pacífico
O terremoto gerou alertas de tsunami em vasta escala. Na Rússia, ondas de 3 a 4 metros atingiram áreas costeiras próximas ao epicentro. No Japão, a Agência Meteorológica emitiu alertas para a costa leste, prevendo ondas de até 3 metros, especialmente em Hokkaido. A usina nuclear de Fukushima, marcada pelo desastre de 2011, foi evacuada por precaução, mas não há relatos de danos. Serviços de trem foram suspensos em áreas de risco, e a população foi orientada a buscar locais elevados.
Nos Estados Unidos, alertas foram emitidos para o Alasca, Havaí, Califórnia e Oregon, com o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC) prevendo “ondas perigosas”. No Havaí, ondas de 1,74 metro foram registradas, mas sem danos significativos. Países latino-americanos, como México, Chile, Colômbia e Equador, também receberam alertas, com evacuações preventivas em áreas como as Ilhas Galápagos, no Equador. No Chile, autoridades estimaram ondas de até 3 metros, enquanto no Peru e na Guatemala o risco foi considerado baixo.
Contexto geológico
A Península de Kamchatka, com 1.250 km de extensão, é uma das regiões mais sismicamente ativas do planeta. Desde 1900, a área registrou sete terremotos de magnitude 8.3 ou superior. O tremor de 1952, de magnitude 9.0, gerou ondas de até 9 metros no Havaí. A profundidade rasa do terremoto atual, combinada com sua magnitude, explica a formação de tsunamis e o potencial de destruição.
O que esperar?
Autoridades russas e internacionais continuam monitorando a situação, já que ondas secundárias podem ser mais perigosas. O USGS alerta que a magnitude pode ser ajustada com novos dados, mas o evento já é um dos mais significativos de 2025. Equipes de emergência estão mobilizadas, e a população é orientada a evitar áreas costeiras e buscar abrigos em estruturas altas e reforçadas.
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Fonte: Informações compiladas de comunicados oficiais do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), Serviço Geofísico da Academia Russa de Ciências, Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico (PTWC) e agências de notícias internacionais, como G1, Folha de S.Paulo e Reuters.
Da Redação.
Jornalista
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