Mundo se une contra narcotráfico venezuelano

Canadá, França, Reino Unido e Itália estudam apoio aos EUA no combate ao Cartel dos Sóis ligado ao regime de Maduro
A tensão geopolítica no Caribe escalou significativamente nas últimas semanas com a possibilidade de uma coalizão internacional inédita contra o narcotráfico venezuelano. Fontes diplomáticas indicam que Canadá, Itália, Reino Unido e França avaliam somar esforços aos Estados Unidos para combater o controverso Cartel dos Sóis, organização criminosa que Washington atribui a altos oficiais do regime de Nicolás Maduro.
A movimentação representa uma guinada na estratégia internacional de combate ao tráfico de drogas na América Latina, podendo marcar o maior isolamento político já enfrentado pelo governo venezuelano desde que Maduro assumiu o poder em 2013.
Operação militar americana intensifica pressão
Os Estados Unidos já demonstram determinação crescente na região. Desde agosto de 2025, o governo Trump mobilizou forças militares no sul do Caribe, incluindo oito navios de guerra como o USS Lake Erie, USS Gravely e USS Jason Dunham, em uma operação que envolve aproximadamente 4.000 militares.
A estratégia americana combina pressão diplomática e militar, com foco específico no que denominam Cartel dos Sóis. Em 2025, os EUA já apreenderam 30 toneladas de cocaína e mais de 700 milhões de dólares em ativos supostamente ligados ao cartel, demonstrando a escala das operações investigadas.
Aliados latino-americanos aderem à ofensiva
A estratégia americana já conquistou apoio regional significativo. Argentina, Equador e Paraguai se juntaram aos Estados Unidos, declarando o Cartel dos Sóis como organização terrorista, seguindo a linha adotada por Washington para justificar medidas mais enérgicas contra o regime venezuelano.
O movimento sinaliza uma mudança no cenário diplomático sul-americano, onde países tradicionalmente neutros em questões venezuelanas agora tomam posições mais assertivas contra Caracas.
Venezuela responde com mobilização militar
Longe de recuar, o governo Maduro respondeu com escalada própria. A Venezuela anunciou o envio de 15 mil soldados e policiais para a fronteira com a Colômbia, sob comando de Diosdado Cabello, ministro do Interior que os próprios americanos acusam de integrar o suposto cartel.
Maduro chegou a ameaçar “luta armada” caso o país seja invadido pelos Estados Unidos, elevando o tom das declarações e demonstrando que Caracas não pretende ceder às pressões internacionais.
Negação categórica e acusações de imperialismo
O regime venezuelano mantém postura de negação total. Venezuela nega a existência do Cartel dos Sóis e classifica as acusações como pretexto para intervir no país. O governo considera as ameaças americanas “bizarras e absurdas de um império em declínio”.
Essa narrativa encontra eco em alguns setores da esquerda latino-americana. O presidente colombiano Gustavo Petro chegou a afirmar que “o Cartel dos Sóis não existe, é a desculpa fictícia da extrema-direita para derrubar governos que não lhe obedecem”.
Implicações de uma coalizão ampliada
A eventual adesão de potências europeias e do Canadá transformaria completamente o cenário. Especialistas avaliam que tal coalizão poderia implementar:
- Operações conjuntas de inteligência: Compartilhamento de informações entre agências de múltiplos países
- Bloqueios financeiros coordenados: Sanções simultâneas que dificultariam a evasão por meio de jurisdições diferentes
- Interceptação de rotas marítimas: Patrulhamento conjunto em águas internacionais do Atlântico e Caribe
- Pressão diplomática amplificada: Isolamento venezuelano em fóruns internacionais europeus
Contexto regional complexo
Estados Unidos, Colômbia e Brasil são citados como países diretamente afetados pelo esquema, segundo relatórios de organizações internacionais. O Conselho Internacional de Controle de Narcóticos já manifestou preocupação com a situação, embora trate a existência formal do cartel ainda como hipótese em investigação.
A situação se complica pela polarização política regional. Enquanto alguns países latino-americanos apoiam a ofensiva americana, outros mantêm posições de defesa da soberania venezuelana, criando um cenário de divisão continental.
Perspectivas futuras
A formação desta coalizão internacional representaria precedente inédito no combate ao narcotráfico latino-americano, redefinindo potencialmente as relações diplomáticas hemisféricas. Para Venezuela, significaria o maior desafio externo desde a crise política iniciada em 2019.
O desfecho desta escalada dependerá tanto da capacidade de articulação da coalizão quanto da resistência do regime Maduro, que demonstra determinação em manter sua posição independentemente das pressões internacionais.
A situação permanece em desenvolvimento, com implicações que transcendem o combate ao narcotráfico e tocam questões fundamentais de soberania, intervenção e equilíbrio de poder no hemisfério americano.
💥 O que você acha dessa escalada internacional? Comente sua opinião! 🔄 Compartilhe para manter todos informados sobre esta crise 📊 Vote: essa coalizão conseguirá resultados efetivos?
FONTE: Baseado em informações da CNN e pesquisa em fontes jornalísticas atualizadas
Da Redação.
Jornalista
Descubra mais sobre GRNOTICIAS
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.