GRNOTICIAS

Congelado há quase 10 anos, regime tributário trava crescimento de milhões de empresas

A defasagem nos limites de receita do Simples Nacional tornou-se um dos principais entraves ao desenvolvimento das micro e pequenas empresas brasileiras. Congelados desde 2018, os tetos de faturamento não acompanharam a inflação, empurrando milhares de empreendedores para regimes tributários mais caros e complexos, sem que seus negócios tenham crescido proporcionalmente.

A urgência da atualização foi tema central de uma audiência pública realizada em 16 de setembro na Comissão de Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados. O encontro reuniu representantes de entidades como o Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste), FecomercioSP, Sebrae Nacional, CDL Porto Alegre, entre outras, todas integrantes do Movimento Atualiza Simples Nacional.

O foco da audiência foi o Projeto de Lei Complementar (PLP) 108/2021, já aprovado no Senado, que propõe a correção anual dos limites do Simples com base no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A medida visa impedir que os valores fiquem novamente congelados, mantendo-os alinhados à realidade econômica do país.

Se aprovado, o PLP elevará os tetos de faturamento para:

  • MEI: de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil
  • Microempresa: de R$ 360 mil para R$ 869,4 mil
  • Empresa de Pequeno Porte: de R$ 4,8 milhões para R$ 8,69 milhões

Segundo estudo da Escola de Negócios da PUC-RS, a atualização pode destravar até R$ 77 bilhões para os setores produtivos, além de preservar milhares de empregos e estimular a formalização de negócios.

📉 Impactos da defasagem

A manutenção dos limites atuais tem provocado uma série de efeitos negativos:

  • Redução de investimentos
  • Diminuição das contratações
  • Aumento da informalidade
  • Fechamento de empresas
  • Queda na arrecadação de Estados e Municípios

Empreendedores que ultrapassam os tetos são obrigados a migrar para regimes mais onerosos e burocráticos, como o Lucro Presumido ou Lucro Real, mesmo sem crescimento proporcional. Isso compromete a competitividade e a sustentabilidade dos negócios.

📣 Mobilização nacional

O Sincomercio e a FecomercioSP têm liderado a mobilização junto ao Congresso Nacional. A campanha “Simples Assim” busca reunir apoio popular e institucional para pressionar os parlamentares a pautarem o PLP 108/2021. A proposta não amplia benefícios, mas corrige uma distorção que penaliza os pequenos negócios.

Além da atualização dos limites, as entidades defendem:

A elevação dos sublimites de ICMS e ISS de R$ 3,6 milhões para R$ 6,5 milhões

A possibilidade de o MEI contratar até dois funcionários formais

⚠️ Reforma Tributária acende alerta

Com a implementação da Reforma Tributária, a situação se torna ainda mais delicada. Pequenas empresas com receita superior a R$ 3,6 milhões serão obrigadas a recolher o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) fora do regime unificado do Simples Nacional. Isso representa aumento de custos e complexidade no cumprimento das obrigações fiscais.

A alternativa seria um modelo híbrido, que também impõe desafios operacionais e pode comprometer a competitividade frente a empresas maiores.

🗣️ Vozes do setor

Durante a audiência, representantes de diversas entidades reforçaram a necessidade de uma tributação justa e proporcional. “Não estamos pedindo privilégios, mas sim a correção de uma injustiça que se arrasta há quase uma década”, afirmou um dos líderes do movimento.

A expectativa é que o Congresso Nacional avance com a tramitação do PLP 108/2021 ainda este ano, destravando recursos, estimulando o empreendedorismo e protegendo milhões de empregos em todo o país.


🚨 O futuro dos pequenos negócios está em jogo! Compartilhe, apoie e pressione os parlamentares! 💼📈🇧🇷 #AtualizaSimples #EmpregoÉPrioridade

📚 Fonte: FecomercioSP / Sincomercio.

Da Redação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *