Delegado da PF Rodrigo Teixeira é preso em esquema de mineração bilionário

Operação Rejeito revela fraudes ambientais, corrupção e envolvimento em licenças fraudulentas no setor mineral
Na manhã desta quarta-feira (17 de setembro de 2025), a Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Rejeito, que resultou na prisão preventiva de figuras públicas de alta importância do setor de mineração e meio ambiente no Brasil. Entre os presos está Rodrigo de Melo Teixeira, delegado de carreira da PF, com histórico de destaque em casos de grande repercussão, como a investigação da facada contra Jair Bolsonaro em 2018 e o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, em 2019.
A investigação aponta que Rodrigo Teixeira, atualmente diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), atuava como gestor oculto de empresa de mineração registrada em nome de sua esposa, mas com participação socioeconômica e influência direta nos negócios. As suspeitas incluem uso de cargos públicos para favorecer empresários do setor, interferência em investigações, obtenção de licenças e autorizações ambientais fraudulentas, e lavagem de dinheiro.
Também foi presa a autoridade que ocupava a diretoria da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, denunciado como participante essencial do esquema, bem como outros ex-diretores da agência e empresários ligados ao setor de mineração.
Operação Rejeito: o que se apurou
Foram expedidos 22 mandados de prisão preventiva e 79 mandados de busca e apreensão.
Participantes do grupo criminoso teriam movimentado aproximadamente R$ 1,5 bilhão em lucro, com estimativa de potencial de negócios da ordem de R$ 18 bilhões em projetos em curso.
Crimes sob investigação incluem corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União, embaraçamento de investigações, além de crimes ambientais por exploração ilegal de minério em áreas protegidas ou próximas a unidades de conservação.
Breve histórico profissional de Rodrigo Teixeira
Rodrigo de Melo Teixeira é delegado federal desde 1999. Ele adquiriu visibilidade nacional ao investigar o atentado a faca contra Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, quando concluiu que Adélio Bispo agiu sozinho.
Também chefiou as primeiras diligências sobre o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019.
Em 2023, Teixeira assumiu o cargo de Diretor de Polícia Administrativa da PF, e mais recentemente ocupava a função de diretor de Administração e Finanças do SGB/CPRM.
Repercussões e desdobramentos
Os órgãos atingidos pela investigação — ANM, SGB, além de entidades ambientais estaduais como FEAM em Minas Gerais — foram alvo de buscas e afastamentos cautelares de servidores.
A Justiça Federal ordenou o bloqueio de bens e contas dos envolvidos, bem como suspensão das atividades das pessoas jurídicas implicadas.
Até o momento, as defesas dos acusados ainda não se manifestaram oficialmente. As autoridades afirmam que a investigação está em sigilo nos autos, com expectativa de que novas provas e possíveis denúncias sejam apresentadas em breve.
Contexto político e impacto institucional
O caso levanta importantes questionamentos sobre os mecanismos de controle e fiscalização em órgãos regulatórios e ambientais no Brasil, especialmente sobre como agentes públicos com alto grau de poder e interlocução podem não só atuar no Estado, mas também influenciar decisões regulatórias, licenças e aprovações ambientais.
Além disso, a investigação incide sobre possíveis falhas na nomeação de diretores de agências reguladoras, bem como no papel das instituições de controle como CGU, MPF e Judiciário em garantir transparência e responsabilização em casos desse porte.
A Operação Rejeito aponta para um esquema sofisticado envolvendo autoridades públicas de elevado escalão, empresários e entidades regulatórias, caracterizado por fraude, corrupção e danos ambientais. A prisão de Rodrigo de Melo Teixeira, figura que já esteve à frente de casos de grande repercussão nacional, adiciona peso político ao caso. A expectativa de sociedade e órgãos de controle é de que este processo resulte em responsabilização efetiva, independente de cargos ou
👀 Quer saber como isso pode afetar as investigações anteriores conduzidas pelo delegado? Deixe seu comentário, compartilhe este post e acompanhe até o fim — a transparência depende da fiscalização de todos! 🌱
Fonte: Agência Brasil; CNN Brasil; Gazeta do Povo; Metrópoles; Broadcast/Estadão
Da Redação.
Jornalista
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