Netanyahu: “Jamais haverá Estado palestino”

PM israelense promete resposta após encontro com Trump e critica países que reconheceram Palestina
Benjamin Netanyahu reafirmou sua posição inflexível contra a criação de um Estado palestino, intensificando as tensões diplomáticas às vésperas de sua crucial visita aos Estados Unidos para encontrar o presidente Donald Trump.
O primeiro-ministro israelense fez declarações categóricas neste domingo, direcionando críticas diretas aos países ocidentais que recentemente reconheceram a soberania palestina. “Le están dando una enorme recompensa al terrorismo”, afirmou Netanyahu, classificando essas decisões como um prêmio ao terrorismo após os eventos de 7 de outubro.
Resposta Prometida Após Visita aos EUA
A declaração de Netanyahu surge em um momento crítico das relações internacionais, quando vários países anunciaram o reconhecimento da Palestina na última semana. O líder israelense prometeu uma “resposta” concreta após seu retorno da viagem aos Estados Unidos, onde participará do debate geral anual da Assembleia Geral da ONU e se reunirá com Trump na Casa Branca.
“A resposta contra a última tentativa de forçar um estado terrorista sobre nós no coração de nosso país será dada após meu retorno dos Estados Unidos”, declarou Netanyahu, sinalizando possíveis medidas retaliatórias contra os países que reconheceram a Palestina.
Expansão de Assentamentos Como Estratégia
Paralelamente às declarações diplomáticas, Netanyahu tem intensificado a política de expansão de assentamentos na Cisjordânia. O primeiro-ministro israelense declarou que não permitirá a criação de um Estado palestino, durante uma cerimônia de assinatura de um grande projeto de colonização em Maalé Adumim, demonstrando que sua oposição vai além das palavras.
O líder israelense tem se posicionado historicamente como um oponente ferrenho da solução de dois Estados, mesmo sob intensa pressão internacional. Durante seu mandato, houve uma significativa expansão das comunidades judaicas na região que Israel chama de Judeia e Samaria, e que a comunidade internacional reconhece como territórios ocupados.
Contexto Internacional Complexo
A posição de Netanyahu ganha contornos ainda mais complexos considerando o cenário geopolítico atual. O reconhecimento da Palestina por países como Reino Unido, Austrália e Canadá representa uma mudança significativa na dinâmica diplomática internacional, especialmente após os eventos de 7 de outubro de 2023.
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que prevê a realização de uma Conferência Internacional com a presença de chefes de Estado para discutir a criação do Estado palestino, demonstrando que há um movimento internacional crescente nessa direção, apesar da oposição israelense e americana.
Encontro com Trump: Expectativas e Implicações
A reunião com Donald Trump na próxima segunda-feira será crucial para definir os próximos passos da política israelense. Trump, conhecido por seu apoio histórico a Israel durante seu primeiro mandato, pode influenciar significativamente as ações futuras de Netanyahu.
As declarações do primeiro-ministro israelense sugerem que ele espera contar com o apoio americano para implementar sua resposta aos reconhecimentos internacionais da Palestina. A coordenação entre Israel e Estados Unidos será fundamental para determinar o impacto real das medidas prometidas por Netanyahu.
Impacto Regional e Global
A posição intransigente de Netanyahu tem implicações que vão muito além da região do Oriente Médio. Suas declarações podem influenciar o equilíbrio geopolítico global, especialmente considerando o papel dos Estados Unidos como mediador histórico no conflito.
A rejeição categórica à solução de dois Estados coloca Israel em rota de colisão direta com grande parte da comunidade internacional, que tradicionalmente vê essa abordagem como a única via viável para uma paz duradoura na região.
Perspectivas Futuras
Com sua agenda internacional definida – discurso na ONU na sexta-feira e encontro com Trump na segunda-feira – Netanyahu tem poucos dias para articular uma resposta que mantenha o equilíbrio entre suas promessas domésticas e as pressões internacionais.
As próximas semanas serão decisivas para entender se o primeiro-ministro israelense conseguirá manter sua posição inflexível sem comprometer completamente as relações diplomáticas de Israel com aliados tradicionais que têm demonstrado crescente apoio à causa palestina.
A comunidade internacional aguarda com atenção as ações concretas que seguirão às declarações de Netanyahu, enquanto o conflito no Oriente Médio continua sendo uma das questões mais complexas e sensíveis da geopolítica contemporânea.
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Fonte: JNS (Jewish News Syndicate) e agências internacionais.
Da Redação.
Jornalista
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