EUA encerram vacinação universal contra COVID-19

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Comitê americano suspende recomendação anual obrigatória; decisão individual substitui política universal

Em uma decisão que marca o fim de uma política sanitária mantida desde o início da pandemia, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) dos Estados Unidos votou pela suspensão da recomendação universal da vacina contra COVID-19. Na noite dessa sexta-feira (19/9) os conselheiros votaram para retirar a recomendação universal da vacina contra Covid-19, passando a indicar que as pessoas consultem um profissional de saúde antes de se imunizar a cada seis meses ou um ano, dependendo da faixa etária.

A mudança representa uma alteração significativa na abordagem americana ao combate da COVID-19. Até agora, a dose vinha sendo oficialmente recomendada para todos os adultos, todos os anos, desde o início da pandemia. Agora, a vacinação passará a ser baseada em decisão individual compartilhada entre paciente e médico.

Decisão Controversa e Reações Médicas

CDC Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP) hoje unanimemente recomendou que a vacinação para COVID-19 seja determinada por tomada de decisão individual. No entanto, a decisão não foi tomada sem controvérsias internas.

O grupo votou para fazer com que pessoas que queiram uma vacina COVID sejam informadas sobre danos e benefícios, mas em votação apertada, falhou em aprovar uma proposta de que estados deveriam exigir prescrição médica. A votação para que jurisdições estaduais e locais exigissem prescrição para administração de vacinas COVID falhou após voto de desempate do presidente do comitê.

A comunidade médica reagiu de forma dividida à decisão. Membros do comitê protagonizaram debates acalorados durante as sessões, com alguns especialistas questionando o processo de tomada de decisão e as evidências científicas apresentadas.

Contexto das Mudanças Políticas

Esta decisão do ACIP se insere em um contexto mais amplo de mudanças nas políticas de saúde pública americanas. Além disso, foi retirada a recomendação de vacinação para gestantes saudáveis do esquema indicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Em maio de 2025, Os Estados Unidos pararam de recomendar a aplicação da vacina contra a Covid-19 para crianças e mulheres grávidas, anunciou o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr.

As mudanças refletem uma nova filosofia de saúde pública sob a administração atual, que tem adotado uma abordagem mais restritiva em relação às recomendações vacinais. Especialistas nomeados pelo secretário para a Saúde dos Estados Unidos, Robert Kennedy Jr., decidiram deixar de recomendar a vacina contra o sarampo a crianças com menos de quatro anos de idade.

Implicações para a Saúde Pública

A decisão marca uma transição fundamental na estratégia de combate à COVID-19, saindo de uma abordagem de saúde pública coletiva para um modelo de decisão médica individualizada. COVID-19 vaccines are safe and effective, enfatizou um dos especialistas durante as discussões, destacando que a segurança dos imunizantes não está em questão.

Especialistas em saúde pública alertam que essa mudança pode impactar os níveis de imunização coletiva, especialmente entre populações vulneráveis que dependem de recomendações claras das autoridades sanitárias. A decisão também pode influenciar políticas de outros países que frequentemente seguem as diretrizes americanas.

Perspectiva Internacional

Porém, especialistas e órgãos de saúde de todo o mundo caminham na direção contrária e alertam sobre os riscos da diminuição da cobertura vacinal. O Ministério da Saúde brasileiro, por exemplo, mantém suas recomendações de vacinação contra COVID-19 para crianças e gestantes, contrariando a nova posição americana.

A decisão americana também levanta questões sobre a coordenação internacional de políticas sanitárias, especialmente em um momento em que novas variantes do vírus continuam surgindo globalmente.

O Futuro da Vacinação COVID-19

Com a nova política, os americanos que desejarem se vacinar contra COVID-19 deverão consultar seus médicos para avaliar os benefícios e riscos individuais. Isso significa que fatores como idade, condições de saúde preexistentes, nível de exposição ao vírus e preferências pessoais passarão a ser determinantes na decisão.

A mudança também pode impactar o acesso às vacinas, especialmente para populações de menor renda que dependem de programas públicos de imunização. Embora a exigência de prescrição médica tenha sido rejeitada, a falta de uma recomendação universal pode criar barreiras práticas ao acesso.

Esta decisão do ACIP marca definitivamente o fim de uma era na resposta americana à pandemia de COVID-19, sinalizando uma nova fase caracterizada pela individualização das decisões de saúde pública e pela redução do papel do Estado na promoção da imunização coletiva.


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FONTE: CNN, Revista Oeste, Metrópoles, Gazeta do Povo, Antena 1, Drug Topics, NPR, CBS News, CIDRAP

Da Redação.

Jornalista


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