Trump redireciona R$ 400 mi contra regimes autoritários

Verba será usada para apoiar opositores em Cuba, Venezuela e Nicarágua
🌎 Reestruturação da ajuda externa: foco em segurança e influência
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a redistribuição de US$ 1,8 bilhão em ajuda internacional, com US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) destinados exclusivamente ao combate aos regimes autoritários de Cuba, Venezuela e Nicarágua. A medida, parte da política “America First”, visa fortalecer grupos opositores e iniciativas democráticas nesses países, considerados estratégicos para os interesses geopolíticos de Washington.
Segundo documento oficial enviado ao Congresso americano, os recursos serão aplicados em ações que visam enfrentar os governos de Miguel Díaz-Canel (Cuba), Nicolás Maduro (Venezuela) e Daniel Ortega (Nicarágua), classificados por Trump como “marxistas e antiamericanos”. A decisão marca uma guinada na diplomacia americana, substituindo o modelo tradicional de ajuda humanitária por uma abordagem mais agressiva e voltada para a competição estratégica.
🧭 Fim da USAID e nova doutrina externa
Desde seu retorno à Casa Branca em janeiro de 2025, Trump promoveu uma reestruturação profunda na política de ajuda externa dos EUA. Isso incluiu a dissolução da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), cortes em programas humanitários e demissões em massa. A nova abordagem prioriza comércio, investimento e segurança nacional, em detrimento da assistência tradicional.
A porta-voz do Departamento de Estado afirmou que os novos programas devem “empoderar países” e promover “desenvolvimento sustentável”, alinhando-se aos objetivos estratégicos do governo. O secretário de Estado Marco Rubio reforçou que os EUA estão abandonando o modelo caritativo para focar em resultados concretos e geopolíticos.
📉 Impacto na mídia independente e reação internacional
A suspensão de financiamento da USAID afetou diretamente veículos de mídia crítica nos países-alvo. Sites como El Toque (Cuba) e Divergentes (Nicarágua) enfrentam cortes de até 50% em seus orçamentos, demissões e campanhas de arrecadação emergenciais. A medida também extinguiu emissoras como Rádio e TV Martí e Voz da América, que atuavam como contraponto à imprensa estatal desses regimes.
A decisão gerou críticas no Congresso americano. A senadora democrata Jeanne Shaheen acusou o governo de desviar recursos para projetos “politicamente motivados”, como investimentos na Groenlândia e pressões sobre governos africanos. Por outro lado, aliados republicanos defendem a estratégia como necessária para conter a influência de regimes autoritários e da China na América Latina.
🔍 Cuba, Venezuela e Nicarágua: foco estratégico
A escolha dos três países não é aleatória. Cuba, com seu histórico de antagonismo aos EUA, mantém um regime comunista rígido. A Venezuela, sob Maduro, enfrenta sanções internacionais e uma crise humanitária prolongada. Já a Nicarágua, governada por Ortega, tem sido acusada de repressão violenta à oposição e à imprensa.
Trump busca enfraquecer esses governos por meio do apoio direto a grupos opositores, ONGs e iniciativas democráticas, mesmo diante de críticas sobre a legalidade e eficácia dessas ações. A nova política representa uma espécie de “Doutrina Monroe 2.0”, com foco em conter regimes considerados hostis no hemisfério ocidental.
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📚 Fonte: No Centro do Poder, Ciber Cuba, Jornal da USP e Correio do Povo.
Da Redação.
Jornalista
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