Colapso: Inocente ou Culpado no Teatro?

Um professor é acusado de um crime hediondo. Sua defesa: um pastor linha dura. O palco vira um tribunal da alma.
Peça que estreia em outubro no SESC Piracicaba mergulha na psique humana e questiona a percepção pública sobre crime e justiça.
PIERCICABA, SP – O palco do SESC Piracicaba se transformará em um tribunal de tensões psicológicas e morais na sexta-feira, 3 de outubro de 2025. É quando o espetáculo teatral “Colapso” sobe ao palco, às 19h30, prometendo mais do que entretenimento: uma investigação profunda sobre a natureza da culpa, a inocência frágil e os abismos da justiça. A peça, que conta com consultoria jurídica e psicológica para um retrato realista, coloca o público no papel de juiz, desafiando certezas desde a primeira cena até o desfecho.
A trama gira em torno de José dos Santos (vivido por Ricardo Alves), um professor da rede pública cuja vida aparentemente comum esconde as mesmas lutas e anonimato de milhões de brasileiros. Sua existência pacata, dedicada a lecionar para crianças de 10 anos, é brutalmente interrompida quando ele se torna o principal acusado de cometer um crime hediondo: o assassinato de um de seus próprios alunos. A escola, espaço de formação e confiança, torna-se o epicentro de um pesadelo.
Sem recursos financeiros para bancar sua própria defesa, José vê sua situação se tornar ainda mais complexa. A saída surge na figura do Deputado Jorginho Bonafé (Kauê Fernandes), que lhe oferece assistência legal. No entanto, o defensor escalado não é um advogado qualquer. Trata-se de Jotta Rodrigues (interpretado pelo autor da peça, Tarcízio Rafael), um advogado e pastor conservador, conhecido por sua linha dura e postura moralista.
Aqui, “Colapso” encontra seu conflito central. A relação entre o professor acusado e seu defensor linha-dura não é de simples confiança. Jotta Rodrigues embarca no caso com a missão declarada de defender seu cliente, mas também com uma necessidade pessoal de desvendar a verdade: José dos Santos é uma vítima de um sistema falho ou um criminoso habilidoso escondendo sua culpa? A dinâmica entre eles é o motor narrativo que explora não apenas o processo legal, mas o julgamento moral e ético que ocorre nos bastidores.
O Realismo como Personagem
Para conferir autenticidade a esse drama carregado, o autor Tarcízio Rafael não dependeu apenas de sua criatividade. A peça foi construída sobre alicerces de pesquisa minuciosa, com consultoria jurídica especializada do Advogado Igor Castilho e orientação psicológica da Psicóloga Adriana Mota. Essa base garante que os dilemas legais e os transtornos psicológicos vividos pelo protagonista – da acusação injusta ao desgaste mental – sejam retratados com a crueza necessária, evitando clichês e aprofundando-se na complexidade humana.
O clima de suspense é mantido do início ao fim, com a narrativa prometendo uma reviravolta que lançará o público em um mar de dúvidas. A peça se recusa a entregar respostas fáceis, preferindo questionar: em um sistema onde as percepções são facilmente manipuladas, como distinguir o inocente do culpado? Até que ponto a justiça é cega ou seletiva?
Um Debate que se Estende além do Palco
“Colapso” entende que seu papel não termina com as cortinas fechadas. Após a apresentação, o espetáculo promoverá um momento de descompressão e reflexão. Haverá uma conversa aberta com o elenco e a produção, detalhando o meticuloso processo de montagem. Em seguida, o psicólogo Caio Pinheiro conduzirá um debate crucial sobre Saúde Mental, abordando os impactos psicológicos de acusações públicas, a pressão social e a importância do cuidado emocional em situações de extremo estresse – temas que ressoam profundamente na trama e na vida real.
Informações Práticas para o Público
Os ingressos para “Colapso” terão venda online iniciada no dia 23 de setembro, a partir das 17h. A venda física nas bilheterias do SESC Piracicaba começa no dia 24 de setembro, também a partir das 17h. Os valores são os seguintes: Inteira: R$ 40,00; Meia-entrada: R$ 20,00 (para estudantes, idosos, entre outros); e Credencial Plena (trabalhador do comércio e dependentes): R$ 12,00.
“Colapso” não é apenas uma peça de teatro; é um espelho heldo contra as fissuras da sociedade, um convite para olhar de frente para o preconceito, a justiça e a fragilidade da sanidade em um mundo em constante pressão. Uma experiência cultural obrigatória para quem busca arte que provoca, questiona e permanece na mente muito depois de o palco escurecer.
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Fonte: Com adaptações baseadas no release original do Engenho da Notícia.
Da Redação.
Jornalista
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