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Evento em Santa Bárbara d’Oeste destaca normas e benefícios para espaços comerciais acessíveis

Em um mundo cada vez mais atento à inclusão social, a acessibilidade em imóveis comerciais surge não apenas como uma obrigação legal, mas como uma oportunidade de negócio e de promoção da cidadania. No dia 30 de setembro de 2025, a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santa Bárbara d’Oeste (AEASBO) realizará uma palestra gratuita sobre o tema, com o apoio da Prefeitura Municipal. O evento, intitulado “Acessibilidade em Imóveis Comerciais”, ocorrerá às 9 horas no Centro de Cultura Ambiental, localizado na Avenida Sábato Ronsini, nº 951, no bairro Jardim Itamaraty. Aberto ao público, o encontro promete discutir soluções práticas para tornar espaços comerciais mais inclusivos, garantindo o direito de ir e vir para todas as pessoas, especialmente aquelas com deficiência ou mobilidade reduzida.

A iniciativa chega em um momento oportuno. No Brasil, a legislação sobre acessibilidade tem evoluído significativamente nas últimas décadas, impulsionada pela Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Essa norma, aliada à ABNT NBR 9050 – que estabelece critérios e parâmetros técnicos para projetos acessíveis –, exige que edifícios comerciais sejam adaptados para eliminar barreiras arquitetônicas. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 45 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência, representando cerca de 24% da população. Em contextos comerciais, a falta de acessibilidade não só exclui potenciais clientes, mas também expõe proprietários a multas e ações judiciais. Um estudo recente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que estabelecimentos acessíveis podem aumentar seu faturamento em até 20%, ao atrair um público mais diversificado, incluindo idosos, gestantes e pessoas com mobilidade temporariamente reduzida.

A palestrante convidada, a engenheira civil Lenita Secco Brandão, é uma referência na área. Com mais de 30 anos de experiência em engenharia, ela se especializa em acessibilidade desde 2004. Atualmente, atua como conselheira regional e diretora financeira do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP), além de ser conselheira da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e inspetora especial em Cordeirópolis. Brandão também representa o CREA-SP no Fórum Paulista para Acessibilidade e Inclusão, onde contribui para discussões sobre políticas públicas e normas técnicas. Em apresentações anteriores, como na Semana Oficial de Engenharia e Agronomia (SOEA), ela enfatizou a importância da legislação para a inclusão social, destacando que acessibilidade vai além de rampas: envolve sinalização tátil, elevadores adaptados, banheiros acessíveis e até mobiliário urbano sem barreiras. Sua abordagem prática, baseada em normas como a NBR 9050:2015, será o foco da palestra, que promete exemplos reais de adaptações em imóveis comerciais.

O evento não se limita a profissionais da área de engenharia e arquitetura. Empresários, lojistas, administradores de condomínios e o público em geral são convidados a participar, desde que se inscrevam previamente pelo site https://aeasbo.portalsca.com.br/. Ao final da palestra, todos os participantes receberão um certificado de participação, o que pode ser útil para currículos ou comprovação de capacitação em temas de responsabilidade social. Além disso, os organizadores incentivam uma contribuição voluntária: doações de leite ou brinquedos, que serão destinados a crianças em situação de vulnerabilidade social no município. Essa ação solidária reforça o caráter comunitário do evento, alinhando inclusão física com apoio social.

Mas por que a acessibilidade em imóveis comerciais é tão crucial no contexto brasileiro atual? Fora do âmbito legal, ela representa uma visão estratégica para os negócios. Um artigo especializado destaca que fornecer acesso sem barreiras vai além da conformidade: melhora a experiência do usuário, reduz riscos de acidentes e aumenta a atratividade do imóvel. Em edifícios comerciais, como shoppings, lojas e escritórios, adaptações como portas automáticas, corredores amplos e sinalização em braille não só cumprem a lei, mas também promovem a autonomia e a segurança para todos. No setor imobiliário, imóveis acessíveis valorizam o patrimônio, com potencial de aumento no valor de mercado em até 15%, segundo especialistas. Investir nisso traz benefícios intangíveis, como fortalecimento da imagem da empresa como inclusiva e responsável, o que atrai clientes fiéis e parcerias.

Apesar dos avanços, desafios persistem. Muitos comércios no Brasil ainda não estão adequados, o que resulta em exclusão social e perdas econômicas. Um levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revela que apenas 40% dos estabelecimentos comerciais paulistas atendem integralmente às normas de acessibilidade. Isso reflete uma lacuna entre a legislação e a prática, agravada pela falta de fiscalização em municípios menores. Em Santa Bárbara d’Oeste, uma cidade com cerca de 190 mil habitantes no interior de São Paulo, iniciativas como essa palestra da AEASBO são passos importantes para sensibilizar a comunidade local. A prefeitura, parceira do evento, tem investido em projetos de urbanismo inclusivo, como calçadas adaptadas e parques acessíveis, mas eventos educativos ampliam o impacto.

Lenita Secco Brandão, em suas redes sociais e palestras, costuma enfatizar que acessibilidade é um direito humano fundamental, alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 11, sobre cidades inclusivas. Ela argumenta que, em um país envelhecendo – com projeções do IBGE indicando que 25% da população terá mais de 60 anos até 2030 –, adaptar espaços comerciais não é opcional, mas essencial para a sustentabilidade econômica. Exemplos bem-sucedidos, como o Shopping Eldorado em São Paulo, que investiu milhões em adaptações e viu um aumento no fluxo de visitantes com deficiência, ilustram os retornos positivos.

A palestra também aborda aspectos práticos, como o Certificado de Acessibilidade, emitido por órgãos como prefeituras e CREA, que comprova a conformidade do imóvel. Obtê-lo envolve inspeções técnicas e pode ser um diferencial competitivo, especialmente em locações comerciais. Para empreendedores, entender essas normas evita penalidades, que podem chegar a R$ 50 mil por infração, conforme o Ministério Público.

Em resumo, o evento da AEASBO não é apenas uma palestra: é um chamado à ação para construir uma sociedade mais equitativa. Ao unir conhecimento técnico, legislação e benefícios econômicos, ele incentiva profissionais e empresários a priorizarem a inclusão. Com a data se aproximando, esta é uma oportunidade imperdível para quem busca atualizar-se sobre um tema que impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros. Santa Bárbara d’Oeste, com sua tradição em engenharia e arquitetura, posiciona-se como exemplo ao sediar tal iniciativa, reforçando que acessibilidade é sinônimo de progresso e respeito à diversidade.


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Fonte: Governo de Santa Bárbara d’Oeste.

Da Redação.

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