O traficante internacional de drogas, Antônio Joaquim Mota, foi preso em janeiro deste ano (2024) na fronteira entre Brasil e Paraguai.
Antônio Joaquim Mota, apontado como um dos chefes do cartel internacional de drogas ‘Clã Mota’, uma organização criminosa responsável pelo fornecimento de drogas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi libertado por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), cerca de seis meses após sua prisão em Ponta Porã (MS). Mota, de 64 anos, conhecido como “Tonho”, foi preso em fevereiro deste ano enquanto dirigia um carro de luxo na cidade fronteiriça.
A decisão de soltura foi emitida pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ, no dia 15 deste mês. A defesa de Mota havia solicitado um habeas corpus, que foi negado pelo tribunal. Contudo, o ministro determinou a soltura do suspeito com base no princípio do contraditório, argumentando que a defesa não havia sido intimada para apresentar contrarrazões no processo movido pelo Ministério Público Federal (MPF), que resultou na prisão de Mota.
No alvará de soltura, o ministro destacou que “a resposta pela defesa não constitui mera formalidade, mas deve de fato oportunizar a manifestação a respeito de toda a matéria a ser decidida”. Fonseca também ressaltou que a Corte Regional não apresentou justificativas suficientes para a urgência da medida, o que teria permitido a supressão das contrarrazões defensivas.
Fontes envolvidas na operação que levou à prisão de Mota afirmam que ele é um dos principais elos de uma rede criminosa que controla o tráfico internacional de drogas entre o Brasil e o Paraguai. A investigação do MPF revelou a ligação do narcotraficante com o PCC, onde desempenha o papel de líder responsável pelo abastecimento de drogas para a facção.
Tonho é pai de Antônio Joaquim Mota Filho, conhecido como “Dom”, que fugiu de helicóptero um dia antes de uma operação da Polícia Federal destinada a prendê-lo, em julho do ano passado.
O dia da prisão de “Tonho” foi marcado por uma operação cinematográfica. Ele foi capturado enquanto dirigia uma BMW X6, avaliada em mais de R$ 700 mil, em Ponta Porã, cidade na fronteira com o Paraguai. Após sua detenção, Mota foi imediatamente transferido de helicóptero para Campo Grande.
Com Informações do STJ