Acorda Brasil! Debandada no Governo Lula: A Casa caiu

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União Brasil Planeja Rompimento com Lula

O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, sinaliza saída do partido do governo, criticando a gestão petista e mirando as eleições de 2026.

A administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um momento de fragilidade política com a possibilidade de uma debandada de partidos aliados, liderada pelo União Brasil. O vice-presidente da sigla, ACM Neto, defendeu a entrega dos três ministérios ocupados pelo partido — Turismo, Comunicações e Integração — em um movimento que reflete o crescente desgaste da coalizão governista. Em declarações recentes, Neto foi categórico: “Com a aproximação da eleição de 2026, não faz sentido ocupar cargos no governo, tendo em vista que não estaremos na aliança do PT e da provável candidatura à reeleição do presidente Lula.”

A decisão do União Brasil é motivada por divergências ideológicas e estratégicas. Segundo Neto, a legenda busca afirmar sua posição de oposição ao projeto petista, especialmente em um cenário de queda acentuada na popularidade do governo. Pesquisas recentes, como a do Datafolha, indicam que a aprovação de Lula caiu para 24%, o menor índice de seus três mandatos, enquanto a desaprovação atingiu 41%. Esse declínio é atribuído a crises sucessivas, como a polêmica envolvendo a fiscalização do Pix e a inflação persistente, que afetam diretamente a percepção pública.

Críticas à Gestão e o “Governo que Cheira a Mofo”

ACM Neto não poupou críticas à condução do governo, que, segundo ele, “cheira a mofo”. Ele ironizou as promessas de campanha de Lula, como a oferta de “picanha e cerveja” para os brasileiros, que teriam sido substituídas por alimentos caros, como “café, carne e ovo com preço lá em cima”. Essa retórica reflete a insatisfação com a alta da inflação, especialmente em itens básicos, e a falta de entregas concretas do governo. A crise econômica, aliada a erros de comunicação, como a tentativa malsucedida de fiscalizar transações via Pix, intensificou a percepção de um governo estagnado.

A saída do União Brasil, caso confirmada, pode desencadear um efeito dominó entre outros partidos do Centrão, como PP, PSD e MDB, que já avaliam o desembarque devido ao risco de associação com um governo impopular às vésperas de 2026. Lideranças regionais dessas siglas, segundo o Correio do Estado, já manifestaram preocupação com os impactos eleitorais de permanecer na base aliada.

O Peso de Bolsonaro na Oposição

Outro ponto destacado por ACM Neto é o papel de Jair Bolsonaro (PL) na construção de uma candidatura de oposição para 2026. Apesar de inelegível até 2030, Bolsonaro continua sendo uma figura central na direita brasileira. “Ele é individualmente o maior eleitor da direita no país. Não poderá ser desconsiderado na construção de um projeto como esse”, afirmou Neto. A influência de Bolsonaro é vista como um fator crucial para unificar a oposição, especialmente em um cenário onde nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União Brasil) despontam como possíveis candidatos.

A oposição, liderada por figuras como Luciano Zucco (PL-RS) e Bia Kicis (PL-DF), também critica a falta de habilidade do governo em negociar com o Congresso. Reformas ministeriais e nomeações políticas, como a escolha de Frederico de Siqueira Filho para as Comunicações, foram recebidas com desconfiança por aliados e adversários, aumentando a tensão na base governista.

Desafios para 2026 e a Crise de Governabilidade

A debandada anunciada pelo União Brasil expõe a fragilidade da “frente ampla” que elegeu Lula em 2022. Segundo analistas, a coalizão, que uniu partidos de esquerda e do Centrão contra Bolsonaro, tornou-se uma armadilha em 2025. A queda de popularidade e a dificuldade em aprovar medidas no Congresso, como o aumento do IOF e a recomposição orçamentária para saúde e educação, evidenciam a crise de governabilidade. O governo também enfrenta pressões fiscais, com projeções indicando falta de verba para cumprir os pisos constitucionais de saúde e educação em 2027.

Para o líder do PP, Ciro Nogueira, a permanência no governo é insustentável. Ele defende que a sigla, que comanda o Ministério do Esporte, deve romper com Lula, argumentando que “o governo não terá uma mudança radical de rumos”. Essa visão é compartilhada por setores do MDB, que, apesar de aliados históricos do PT, já discutem um desembarque para lançar candidatura própria em 2026.

Perspectivas para o Futuro

O cenário político para 2026 já começou a ser desenhado, como afirmou Lula em reunião ministerial em janeiro de 2025. No entanto, a falta de unidade na base aliada e a crescente articulação da oposição dificultam as perspectivas do PT. Enquanto Lula tenta recompor o orçamento e apaziguar aliados, a oposição ganha terreno com discursos que exploram a insatisfação popular. A debandada do União Brasil, se concretizada, pode marcar o início do fim de uma gestão que, segundo críticos, “não começou”.

O que você acha da possível debandada do União Brasil e da crise no governo Lula? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe para continuar o debate! 🗳️

Fonte: Folha de S. Paulo.

Da Redação.

Jornalista


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