Acorda Brasil! Desgoverno Lula sofrerá o tarifaço

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Lula enfrenta revés com tarifas de Trump a partir de 1º de agosto

No último domingo (27/7), o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou em entrevista à Fox News que o pacote tarifário anunciado pelo presidente Donald Trump contra diversos países, incluindo o Brasil, entrará em vigor em 1º de agosto, sem possibilidade de prorrogação. A declaração, também publicada na conta oficial da Casa Branca na plataforma X, marca o fim das negociações para o governo brasileiro, que buscava reverter a medida. “Não haverá prorrogação, nem mais períodos de carência. Em 1º de agosto, as tarifas serão definidas e entrarão em vigor. A alfândega começará a arrecadar o dinheiro”, afirmou Lutnick, aliado próximo de Trump.

Tarifa de 50% ao Brasil: O Maior Impacto

Entre os países afetados, o Brasil enfrenta a tarifa mais alta: 50% sobre todos os produtos exportados para os Estados Unidos, principal destino de commodities como petróleo, café, suco de laranja e produtos industrializados, como aviões e autopeças. Essa medida, que entra em vigor na próxima sexta-feira, pode reduzir as exportações brasileiras em R$ 52 bilhões, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com impacto de 0,16% no PIB e risco de fechamento de 110 mil empregos.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com um fluxo comercial de cerca de US$ 80 bilhões anuais. Apesar do argumento de Trump de que a relação comercial com o Brasil é “injusta”, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio mostram que os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil há 16 anos, totalizando US$ 90,28 bilhões até junho de 2025. Esse cenário sugere que a decisão tem motivações mais políticas do que econômicas.

Contexto Político: Bolsonaro e o STF

A carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 9 de julho vinculou a tarifa à “perseguição” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Trump classificou o julgamento como “uma vergonha internacional” e criticou ordens do STF que, segundo ele, violam a liberdade de expressão de cidadãos americanos. A menção a Bolsonaro e ao STF diferencia a carta enviada ao Brasil das enviadas a outros países, reforçando a tese de que a medida tem cunho político.

Lula respondeu à carta com firmeza, afirmando que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e que o julgamento de Bolsonaro é uma questão de soberania nacional. O governo brasileiro anunciou que usará a Lei da Reciprocidade Econômica para retaliar, podendo impor tarifas de 50% sobre produtos americanos, o que impactaria itens como trigo, eletrônicos e medicamentos importados.

Reações e Tentativas de Negociação

O governo Lula intensificou esforços para negociar com os EUA, mas sem sucesso até o momento. Em maio, o Brasil enviou uma proposta confidencial ao governo americano, mas não recebeu resposta formal do secretário Lutnick ou do representante comercial Jamieson Greer. O vice-presidente Geraldo Alckmin relatou uma longa conversa com Lutnick, destacando o interesse do Brasil em diálogo, mas a Casa Branca manteve a postura inflexível.

No Senado brasileiro, a medida gerou reações polarizadas. Parlamentares governistas classificaram a tarifa como um ataque à soberania, enquanto oposicionistas culparam o governo Lula e o STF pelo agravamento da crise diplomática. Uma missão parlamentar, liderada pelo senador Nelsinho Trad, planeja viajar a Washington para pressionar contra a medida.

Impactos Econômicos e Alternativas

Setores como agricultura, aviação e manufaturados serão duramente afetados. Produtos como café e suco de laranja, amplamente consumidos nos EUA, podem encarecer, impactando também o consumidor americano. Especialistas, como Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, sugerem que commodities podem ser redirecionadas a outros mercados, como a China, embora a preços menores.

A China, aliada do Brasil no Brics, criticou a tarifa como uma ferramenta de coerção, mas não confirmou interesse em absorver o excedente de exportações brasileiras. Analistas apontam que o impacto no PIB será limitado, mas setores específicos enfrentarão desafios significativos.

O Que Vem Pela Frente?

Com o prazo se esgotando, o Brasil busca alternativas, como fortalecer laços com Europa e Ásia, conforme sugerido pelo ex-embaixador Rubens Ricupero. A possibilidade de retaliação via tarifas recíprocas pode escalar a tensão comercial, mas o governo Lula mantém o diálogo como prioridade. A deterioração das relações bilaterais, agravada por questões como o Brics e a desdolarização, sugere um cenário complexo para o futuro.


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Fonte: Cidade Online, G1, BBC News Brasil, Estadão e Agência Brasil.

Da Redação.

Jornalista


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