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O governo Lula (PT) enfrenta uma das maiores crises políticas desde o início de seu terceiro mandato. Com a popularidade em queda livre e gastos públicos sob intensa crítica, partidos aliados começam a avaliar a possibilidade de abandonar a base governista. A situação, que já era delicada, ganhou contornos dramáticos após uma série de pesquisas nacionais apontarem a reprovação crescente da gestão petista e do estilo de governo de Lula.

Desde janeiro, cinco pesquisas de opinião pública confirmaram a queda vertiginosa da popularidade do presidente e a insatisfação generalizada com a condução do país. O cenário levou aliados históricos, como o Progressistas (PP), a discutir abertamente a possibilidade de deixar o governo. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já definiu a gestão atual como uma “canoa furada”, e o partido parece disposto a seguir seu conselho.

O PP, que ocupa o Ministério do Esporte com André Fufuca, já iniciou discussões internas sobre a saída do governo. O presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), confirmou que a possibilidade está em análise. Fufuca, por sua vez, é tratado como um “ministro fantasma”: Lula não o recebe há um ano, segundo fontes próximas ao Planalto.

Mas o PP não está sozinho. Partidos como PSD, Republicanos e União Brasil também avaliam devolver seus “micro-ministérios” e desembarcar do governo. O temor de contaminação pelo desgaste do Planalto e a perspectiva eleitoral de 2026 são os principais motivos para a movimentação. Enquanto alguns partidos, como o PSD, já planejam candidaturas próprias para as próximas eleições presidenciais, outros descartam apoiar Lula em um eventual terceiro mandato.

Gastos milionários e descontentamento popular

Enquanto a base aliada se desfaz, o governo Lula enfrenta críticas contundentes pelos gastos exorbitantes com viagens e cartões corporativos. Dados do Portal da Transparência revelam que, apenas entre os dias 7 e 21 de fevereiro, o governo gastou quase R$ 38 milhões em viagens. O valor elevou a despesa total para R$ 64,7 milhões em menos de dois meses.

Desse montante, R$ 33 milhões foram destinados a diárias de funcionários, enquanto o restante cobriu passagens aéreas, incluindo voos da primeira-dama, Janja, conhecida por suas viagens frequentes às custas do erário público. Até o momento, o governo realizou mais de 27 mil viagens em 2024, com um custo total de R$ 31,3 milhões em passagens.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, lidera o ranking de gastos, com R$ 50,7 mil em passagens e diárias apenas neste ano. Os números alarmantes contrastam com a realidade de milhões de brasileiros que enfrentam dificuldades econômicas e reforçam a imagem de um governo distante das necessidades da população.

Desmoralização e queda no Índice de Democracia

A crise política e os escândalos de gastos contribuíram para a desmoralização do governo Lula. Um exemplo emblemático ocorreu durante uma exposição agrícola, quando o jornalista Floriano Ivo Júnior foi enviado para representar o governo. O gesto irritou Nelson Costa, deputado e maior plantador de cana do país, que declarou: “Esse governo está desmoralizado… mandar um assessor!”

A desmoralização também reflete no cenário internacional. O Índice de Democracia da revista britânica *The Economist* apontou uma queda livre do Brasil no ranking global. Entre 2022 e 2023, o país caiu quatro posições, e em 2024, despencou mais seis, ocupando agora o 57º lugar entre 167 nações.

Novas frentes parlamentares e cartões corporativos

Enquanto o governo enfrenta crises, o Congresso Nacional vê a criação de novas frentes parlamentares, como as dedicadas às Nações do Sudoeste Asiático, Jogo Responsável e Defesa da Enfermagem. Atualmente, são 285 frentes, muitas delas criticadas por servirem mais a interesses pessoais do que ao bem público.

Outro ponto de controvérsia são os cartões corporativos, uma das modalidades favoritas de despesa dos governos petistas. Em 2025, os cartões já custaram R$ 8,3 milhões aos cofres públicos, segundo dados do Portal da Transparência.

Projeto polêmico e o futuro do governo

Enquanto a crise se aprofunda, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-RS) apresentou um projeto para revogar a lei que impede a reintegração de posse em casos de invasões indígenas. Para ele, a legislação atual tem sido usada como subterfúgio para esconder ilegalidades.

O futuro do governo Lula parece incerto. Com aliados abandonando o barco, gastos públicos sob escrutínio e uma popularidade em queda livre, o Planalto enfrenta um dos maiores desafios de sua história. A pergunta que fica é: até quando a “canoa furada” conseguirá se manter à tona?

Da Redação.

Jornalista


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